Monsanto rejeita a proposta de compra feita pela alemã Bayer
Brendan McDermid/Reuters | ||
Monsanto quer preço melhor por suas ações |
A Monsanto rejeitou a proposta de US$ 62 bilhões feita pela Bayer AG e buscará um preço mais elevado por suas ações. Em comunicado, a empresa informou que o conselho de administração avaliou, por unanimidade, a proposta como incompleta e financeiramente inadequada. Mas, a companhia está aberta ás novas negociações para se chegar a um valor mais atraente para seus acionistas.
"Acreditamos nos benefícios substanciais que uma estratégia integrada poderia fornecer aos produtores e à sociedade em geral, e respeitamos muito os negócios da Bayer", disse Hugh Grant, presidente da Monsanto. "No entanto, a atual proposta subestima significativamente a nossa empresa e também não aborda adequadamente as garantias para parte do financiamento e os riscos de execução regulamentares relacionados com a aquisição."
A empresa informou, ainda, que não há garantia de que qualquer transação será concluída, ou em que termos. "O conselho de administração ainda não definiu um cronograma para novas discussões e a Monsanto não pretende fazer mais comentários neste momento", disse em comunicado.
O Morgan Stanley & Co. e Ducera Partners estão atuando como consultores financeiros, e Wachtell, Lipton, Rosen & Katz são os assessores jurídicos pela Monsanto.
ÁGIO DE 37%
A oferta da Bayer, de US$ 122 por ação, representava ágio de 37% ante o preço natural das ações da Monsanto em 9 de maio. Essa proposta avalia a empresa em US$ 62 bilhões, incluindo dívidas líquidas de cerca de US$ 9 bilhões, e superaria a tomada de controle da Anheuser-Busch pela InBev, em 2008, como a maior aquisição em dinheiro já realizada, caso venha a ser concluída, de acordo com na Dealogic. Também seria a maior tomada de controle de uma empresa internacional por uma companhia alemã.
Werner Baumann, presidente-executivo da Bayer, que assumiu o comando da empresa há menos de um mês, disse que os agricultores precisam elevar sua produtividade em 60% para alimentar uma população mundial que deve atingir os 10 bilhões de pessoas em 2050. A combinação entre a Bayer e a Monsanto, disse ele, seria capaz de fornecer os produtos avançados que tornariam possível uma elevação dessa ordem.
Baumann disse que a união entre as empresas seria "uma extraordinária complementação", unindo as sementes geneticamente modificadas da Monsanto aos produtos de proteção a safras da Bayer, com faturamento excedendo em muito ao da rival mais próxima, a união entre Syngenta e ChemChina.
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