Ex-dono da rede Ale começou como frentista e garçom no posto do pai
Leo Caldas - 11.mar.2015/Valor | ||
Marcelo Alecrim, 50, responsável pela venda da distribuidora de combustíveis Ale para a Ipiranga |
Responsável por negociar a operação de venda da distribuidora de combustíveis Ale para a Ipiranga, o empresário Marcelo Alecrim, 50, iniciou a carreira trabalhando "de frentista a garçom" no posto de gasolina do pai, em Canguaretama (RN).
A venda, anunciada no domingo (12) e que movimentará R$ 2,17 bilhões, coloca a Ipiranga, do grupo Ultra, a poucos passos da Petrobras Distribuidora na disputa pela liderança do mercado do país.
Alecrim começou a trabalhar com o pai aos 19. Dez anos depois, trocou o carro da mãe pela parcela de entrada de um caminhão-tanque para o transporte de combustíveis.
A troca foi o primeiro passo na criação da distribuidora potiguar Sat, que em 2006 viria a se fundir com a mineira Ale, a quarta maior distribuidora de combustíveis do país, cortejada durante anos por praticamente todas as grandes do setor.
"Chegamos a um preço confortável para a gente e bom para os compradores", disse Alecrim, principal acionista individual da companhia, com uma fatia de 32% –os outros são o fundo americano Darby, com 18%, e a holding mineira Asamar.
Nos últimos anos, foi a única voz contrária às diversas propostas que a empresa recebeu, da francesa Total à norte-americana Bunge.
Ao contrário, azedou as relações com os sócios ao defender, em 2008, a compra da rede de postos da espanhola Repsol –considerada ruim pelo mercado– apenas nove meses depois de ter perdido disputa com a Cosan pela rede da Esso.
Foi justamente num posto Esso que Alecrim iniciou a carreira. Ele assumiu a administração do posto em Canguaretama (67 km de Natal), quando o pai teve que se ausentar por problemas de saúde.
Diz que, ali, entendeu que o transporte do combustível poderia agregar valor. "As grandes distribuidoras davam pouca atenção aos pequenos postos do interior."
Expandiu a frota de caminhões e, ao criar a distribuidora, em 1996, convidou para sua equipe os profissionais da Esso e de fornecedores com quem lidava do outro lado do balcão.
É considerado por colegas uma pessoa "de relacionamentos", que construiu imagem de credibilidade com o esforço em dar atenção especial a clientes e fornecedores.
Alecrim não diz com quanto dinheiro ficará após a conclusão da venda, que depende ainda de aval dos órgãos de defesa da concorrência.
Do valor anunciado, R$ 2,17 bilhões, será deduzida a dívida da companhia, de R$ 737 milhões.
Ele diz que seu foco, agora, é preparar a transferência dos ativos: pelo acordo com o Ultra, permanecerá na empresa por um ano após a conclusão do negócio.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 24/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | -0,32% | 124.741 | (17h34) |
Dolar Com. | +0,38% | R$ 5,1487 | (17h00) |
Euro | -0,14% | R$ 5,5142 | (17h31) |