Colapso financeiro do Rio agrava crise na saúde
O colapso financeiro do Rio agravou a crise da saúde no Estado. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, o hospital universitário Pedro Ernesto deve paralisar o centro cirúrgico nesta segunda (20) por falta de condições de higiene.
"Os funcionários da limpeza do hospital estão sem receber há meses e o local está sujo, sem condições para realizar cirurgias", disse Darze.
No sábado (18), a Folha foi a um hospital estadual e a uma UPA (unidade de pronto atendimento) na zona norte do Rio. Pacientes relataram problemas da falta de recursos. Com o filho de um ano no colo, Cecília Silva dos Santos, 48, dona de casa, aguardou exame por duas horas no hospital estadual Carlos Chagas (Marechal Hermes). "O banheiro mal dá para usar, não tem papel higiênico."
A também dona de casa Solange da Silva, 58, passou por duas UPAs antes de conseguir ser atendida numa terceira, em Marechal Hermes.
"A espera não dá, principalmente se você não tem um risco grande." Ela disse que a farmácia da unidade só tinha um dos três remédios que lhe foram receitados para gripe.
A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que a rede tem 30 UPAs e que o paciente é redirecionado quando há falta de profissionais. A direção do Pedro Ernesto disse que o hospital funciona normalmente e que a equipe de limpeza está completa.
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