Bolsa sobe 1% com cenário externo e alívio sobre bancos, mas dólar avança
Nacho Doce/Reuters | ||
Logotipo da Oi dentro de shopping no centro da cidade de São Paulo |
As apostas de que o Reino Unido permanecerá na União Europeia no plebiscito marcado para esta quinta-feira (23) voltaram a ganhar impulso na tarde desta terça-feira (21), o que favoreceu a alta das Bolsas. O Ibovespa, após passar boa parte do pregão no terreno negativo, virou e fechou em alta de 1,01%.
Contribuíram para o ganho da Bolsa brasileira declarações do presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Murilo Portugal, de que o pedido de recuperação judicial da Oi não ameaça os bancos brasileiros. Desta forma, o setor financeiro reduziu as perdas durante a sessão.
Apesar da melhora do humor externo, o dólar inverteu a tendência de baixa acabou fechando em alta ante o real. A moeda americana à vista subiu 0,13%, a R$ 3,4022, e o dólar comercial ganhou 0,20%, a R$ 3,4020.
Para Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor, a moeda americana subiu nesta sessão em um movimento técnico. "Quando o dólar cai para o nível de R$ 3,35 ou R$ 3,36, como aconteceu hoje, a moeda volta a subir", explica. "Isso porque os investidores temem que o Banco Central volte a intervir no mercado de câmbio."
De acordo com o operador, há espaço para novas quedas do dólar, mas somente se o Reino Unido se mantiver mesmo na União Europeia. "Caso contrário, a moeda americana vai subir."
No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 recuou de 13,790% para 13,745%; o DI para janeiro de 2021 caiu de 12,600% para 12,470%.
O movimento de queda dos juros ocorreu após o IPCA-15 de junho ter mostrado desaceleração. O índice de inflação foi de 0,40%, em abaixo do índice registrado em maio (0,86%) e do mesmo mês do ano passado (0,99%). Foi o menor índice para meses de junho desde 2013, quando ficou em 0,38%.
O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, perdia 1,17%, a 328,626 pontos.
BOLSA
O Ibovespa fechou em alta de 1,01%, aos 50.837,80 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,6 bilhões.
No setor financeiro, Itaú Unibanco PN caiu 0,03%; Bradesco PN, +1,17%; Banco do Brasil ON, -4,46% e Santander unit, +0,33%.
Os papéis da Oi, que não fazem parte do Ibovespa, tiveram a negociação suspensa até as 11h. Após abrirem em queda de 30,30%, as ações preferenciais da operadora encerraram a sessão em perda de 18,18%, a R$ 0,81, e as ordinárias recuaram 8,73%, a R$ 1,15.
As ações da Petrobras ganharam 3,81%, a R$ 9,53 (PN), e 1,79%, a R$ 11,94 (ON), apesar da volatilidade do petróleo no mercado internacional.
Os papéis PNA da Vale caíram 0,16%, a R$ 12,44, mas as ON subiram 0,19%, a R$ 15,60.
EXTERIOR
Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 ganhou 0,27%, o Dow Jones, +0,14% e o Nasdaq, +0,14%.
A presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Janet Yellen, reiterou nesta terça-feira que a autoridade monetária terá postura cautelosa para elevar futuramente os juros americanos.
Na Europa, as Bolsas fecharam em alta, mas na Ásia os índices tiveram sinais mistos.
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Atualizado em 24/04/2024 | Fonte: CMA | ||
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