Protesto de servidores no Rio tem confronto com a polícia
Manifestantes contrários à privatização da empresa de saneamento Cedae entraram em confronto com a polícia na tarde desta quinta-feira (9) em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Dentro do edifício, deputados de oposição manobram para atrasar o início das discussões do projeto de lei sobre o tema, que estava agendado para às 15h, mas foi adiado para sessão extraordinária às 19h.
O conflito começou por volta das 15h30. Manifestantes lançaram fogos em direção à polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.
Ao menos quatro manifestantes ficaram feridos. Vitrines de bancos e lojas foram depredadas ao longo do confronto que durou quase quatro horas.
Em 2014, um cinegrafista da Band morreu ao ser atingido por um rojão durante protesto na cidade.
Tiros de bala de borracha e jatos d'água foram utilizados pelas forças de segurança para dispersar a manifestação.
O início do conflito ocorreu na frente da Alerj. À medida que a PM dispersava o protesto, os servidores se dirigiram para a avenida Rio Branco, a principal do centro do Rio.
O trânsito foi totalmente interrompido e as lojas fecharam as portas. O VLT parou de circular. Uma loja teve o vidro depredado.
O conflito diminuiu de intensidade por volta das 17h.
Não havia informações de presos até a publicação desta reportagem.
O prédio da Alerj está cercado por grades e protegida por forte aparato policial desde o final de 2015, quando começaram a ser debatidas medidas para enfrentar a crise financeira do estado.
Dentro da Alerj, parlamentares e assessores tiveram que recorrer a máscaras diante do forte cheiro de gás de pimenta.
A oposição chegou a pedir a suspensão dos trabalhos, mas não foi atendida pelo presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB).
Luiz Souza /Fotoarena/Folhapress | ||
Protesto de servidores públicos na Alerj, no Rio |
A base do governo na Alerj tenta concluir na tarde desta quinta-feira a avaliação de 27 vetos do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) a projetos aprovados na Casa.
A oposição tem alongado seus discursos no intuito de retardar o fim das avaliações, que estão trancando a pauta de votações e impedem o debate sobre a Cedae.
"A privatização da Cedae tem como único objetivo salvar o governo Pezão. Não é para salvar o Rio", acusou o deputado Marcelo Freixo (PSOL), alegando que trata-se de uma empresa lucrativa.
"É necessário que se encontre uma solução para o pagamento de salários e a retomada de serviços", defendeu o deputado Rafael Picciani (PMDB).
O projeto de lei permite ao governo usar as ações da Cedae como garantia para tomar novos empréstimos, no valor de R$ 3,5 bilhões.
A venda da empresa é também uma condição para que o Rio esteja apto a negociar com a União um acordo de recuperação fiscal.
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