Temer faz visita à Caixa para exaltar FGTS após um ano de governo
Na tentativa de fixar uma agenda positiva para marcar um ano de seu governo, o presidente Michel Temer fará uma visita a uma agência da Caixa Econômica Federal, em Brasília, nesta sexta-feira (12), quando um novo lote de contas inativas do FGTS será liberado para saque.
A ideia de Temer é dar visibilidade ao que considera a medida mais popular de sua gestão, marcada por reformas que sofrem resistência, inclusive, de sua base aliada, como a trabalhista e a da Previdência.
Nesta sexta, a Caixa vai liberar a terceira etapa de saques das contas inativas do FGTS e deve contemplar cerca de 7,6 milhões de trabalhadores nascidos nos meses de junho, julho e agosto, o que equivale a 25% do total, segundo o banco. O valor do saque neste mês é de cerca de R$ 10,8 bilhões.
Após fazer a visita, Temer seguirá para o Palácio do Planalto para comandar uma reunião com 25 de seus 28 ministros e fazer o balanço de seu primeiro ano de governo.
Além dos auxiliares do presidente, estarão presentes os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE), além de líderes da base no Congresso e de presidentes de estatais.
Como a Folha mostrou, Temer quer mostrar que sua gestão "vai além das reformas", com foco na economia e também no social, para se blindar de críticas da oposição.
No discurso de abertura da reunião, o presidente vai citar os números que apontam, segundo ele, para a melhora na economia, como a queda da inflação e dos juros, falará sobre a necessidade das reformas para a retomada da geração de emprego —o desemprego atinge hoje cerca de 14 milhões de pessoas— e do lançamento de um novo programa de investimentos em infraestrutura, o Avançar.
Na área social, o presidente vai falar sobre programas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, bandeiras dos governos do PT, além de medidas como a liberação das contas inativas do FGTS.
Após a fala de Temer, cada ministro terá de dois a três minutos para fazer um balanço de sua gestão e apontar o que é possível fazer até o fim de 2018, quando termina oficialmente o mandato do peemedebista.
A preocupação da equipe presidencial é que as mudanças na aposentadoria e nas leis trabalhistas não sejam o "monotema" do governo, visto que a reforma da Previdência é considerada impopular por diversos parlamentares e rejeitada por 71% da população, segundo o Datafolha.
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