Vendas no varejo interrompem alta e caem 0,5% em agosto
O volume de vendas do varejo brasileiro caiu 0,5% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, após estabilidade em julho e alta nos três meses anteriores, informou nesta quarta-feira (11) o IBGE.
É o resultado mais fraco para agosto desde 2015, quando o indicador caiu 0,6%.
"A queda de agosto é mais uma acomodação. Mais parece um ajuste depois de altas do que uma reversão de tendência para o setor varejista", afirmou a gerente do IBGE Isabella Nunes.
Em relação a agosto de 2016, sem ajuste, o volume de vendas avançou 3,6%, na quinta variação positiva consecutiva para essa comparação.
De janeiro a agosto, o comércio soma alta de 0,7%, mas no acumulado em 12 meses permanece negativo (-1,6%).
O resultado do varejo acompanhou o da indústria em agosto, que interrompeu quatro meses seguidos de alta e registrou queda de 0,8% na comparação com o mês anterior
SETORES
Sete das oito atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram queda em agosto, na comparação com julho. O impacto maior foi sobre equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, categoria que recuou 6,7% na comparação mensal.
As vendas de combustíveis e lubrificantes recuaram 2,9% no mês. Em agosto, os preços dos combustíveis aumentaram 6,7%, em meio a 19 reajustes de preços da gasolina dentro da nova política da Petrobras, apontou o IBGE ao divulgar os dados de inflação do mês.
Volume de vendas do varejo - Em %
O setor de móveis e eletrodomésticos foi o único que cresceu no período, com avanço de 1,7%, mantendo ritmo de alta pelo quarto mês seguido. Na comparação com agosto de 2016, o segmento também apresenta a maior elevação, de 16,5%.
O IBGE destacou que o comportamento positivo do setor vem sendo influenciado pela redução da taxa de juros no crédito à pessoa física e "pela manutenção da massa de rendimento real circulante na economia", afirmou em seu comunicado.
"A atividade que tem desempenho melhor é aquela que tem a ver com a queda de juros, com a disponibilidade do FGTS e com a inflação menor", completou Isabella.
As vendas de supermercados e produtos alimentícios caíram 0,3% em agosto ante julho. Os indicadores acumulados de janeiro a agosto de 2017 e em 12 meses também registram variação negativa, de -0,2% e -1,3%, respectivamente.
O varejo ampliado, que inclui a venda de veículos e materiais de construção, ficou praticamente estável em termos de volume (0,1%). Em relação a agosto de 2016, cresceu 7,6%. Os acumulados foram de 1,9% no ano, mas de -1,6% nos últimos 12 meses.
Variação da receita nominal do varejo - Em %
ESTADOS
No comércio varejista, 17 das 27 unidades da federação apresentaram variações negativas no volume de vendas, em relação ao mês imediatamente anterior.
As maiores quedas foram no Amazonas (-3,2%) e em São Paulo (-1,7%). Por outro lado, Tocantins (5,5%); Rondônia (3,9%) e Roraima (2,6%) mostraram avanço nas vendas em agosto ante julho.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 19/04/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +0,78% | 125.167 | (14h48) |
Dolar Com. | -1,09% | R$ 5,1934 | (15h03) |
Euro | 0,00% | R$ 5,5983 | (15h01) |