Após mudanças no cartão de crédito, BC estuda alterações no débito
Patricia Stavis/Folhapress | ||
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central |
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quarta-feira (13) que, após as medidas que reduziram as taxas de juros no cartão de crédito, tomadas neste ano, a autoridade monetária estuda mudanças no cartão de débito.
De acordo com o presidente do BC, foi criado um grupo de estudo para pesquisar o tema, com a possibilidade de estímulo ao uso do cartão de débito e a redução do custo para o lojista.
"Estamos formando um grupo de estudo para pensar em como incentivar esse instrumento, se o custo é adequado. Acreditamos que é um instrumento válido, que pode economizar meios de pagamento em espécie. Ainda está no início".
O BC, ainda segundo Goldfajn, está realizando estudos sobre o que classificou como "nível estrutural" do compulsório (depósitos que os bancos são obrigados a deixar recolhidos no BC, ou seja, que não podem emprestar livremente).
"O objetivo é a redução do custo estrutural do compulsório. Não pensar como medida de política monetária, mas pensar de forma estrutural. A ideia é ir para baixo, não ficar para cima nem ficar parado", disse.
BOLHA E PIRÂMIDE
Goldfajn declarou ainda que o risco de bolha de moedas virtuais, como o bitcoin, é elevado e que essa ameaça é comparável às dos esquemas de pirâmides, em que o ganho inicial é muito alto com quedas no futuro.
"Hoje essas moedas têm duas funcionalidades. Primeiro, comprar e vender para frente, e aproveitar a subida se ocorrer. É a típica bolha, pirâmide, que em algum momento vai subir e depois voltar. Não é algo que devemos dar suporte", declarou.
O presidente do BC, que participou nesta manhã de café da manhã com jornalistas, declarou ainda que as moedas virtuais são usadas como "instrumentos de atividades ilícitas".
A autoridade monetária já havia alertado no mês passado para o risco de usar as moedas virtuais como forma de investimento.
O alerta foi para a possibilidade de perda de todo o capital investido, já que a variação de preços é alta e está sujeita "a riscos imponderáveis", afirmou a autarquia.
"[As criptomoedas] não são emitidas nem garantidas por qualquer autoridade monetária, por isso não têm garantia de conversão para moedas soberanas, e tampouco são lastreadas em ativo real de qualquer espécie, ficando todo o risco com os detentores", disse a nota.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Calculadoras
O Brasil que dá certo
s.o.s. consumidor
folhainvest
Indicadores
Atualizado em 28/03/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +0,32% | 128.106 | (17h30) |
Dolar Com. | +0,68% | R$ 5,0140 | (17h00) |
Euro | +0,04% | R$ 5,3979 | (17h31) |