DA REUTERS

A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) informou nesta quarta-feira (3) que fechou acordos com montadoras de veículos para elevar em 23% o preço de aço vendido ao setor em 2018 e em 18% a 23% para grandes clientes industriais, como setor de eletrodomésticos.

O reajuste para as montadoras ficou um pouco abaixo do pretendido pela companhia e do aplicado no início do ano passado, quando a CSN anunciou aumento de 25% para o setor automotivo, citando alta nos preços da liga nos mercados internacionais.

No fim de outubro, o diretor comercial da companhia, Luis Fernando Martinez, havia comentando que a CSN estava pretendendo obter reajuste de 25% a 30% nos preços do aço vendido a montadoras em 2018.

As ações da CSN fecharam em alta de 3,% nesta quarta-feira, cotadas a R$ 9, ante valorização de 0,13% do Ibovespa. A rival Usiminas teve alta de 3,3%.

Segundo uma fonte da CSN, com o reajuste deste início de ano, os preços da empresa em relação aos praticados nos mercados internacionais ficarão no máximo 5% mais altos. "O minério [de ferro] continua apreciado bastante e com certeza esses números podem levar a novos aumentos [de preços] no ano."

"Vamos acompanhar a paridade internacional com um prêmio de 5% a 10%. Em havendo movimentos de alta em 2018 vamos acompanhar aqui dentro essas oscilações", afirmou a fonte, acrescentando que os contratos com montadoras de veículos variam de 6 meses a um ano, enquanto com a indústria são trimestrais e semestrais.

A indústria brasileira de veículos, que é responsável por cerca de um terço da demanda das siderúrgicas do país, interrompeu em 2017 série de quatro anos de queda nas vendas, encerrando o ano com crescimento de 9%. Para 2018, a expectativa do setor é de expansão na casa dos dois dígitos. Até o final de novembro, a produção do setor havia crescido 25,5%, impulsionada pelo mercado interno e vendas ao exterior.

Segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr), a produção de aços laminados planos de janeiro a novembro do ano passado subiu 12% sobre o mesmo período de 2016, para 12,6 milhões de toneladas. Já a de aços longos, mais usados na construção civil, teve queda de 2,7%, a 8 milhões de toneladas.

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