Preço mundial dos alimentos sobe 8,2% em 2017, diz FAO

Crédito: Renato Stockler/Na Lata SÃO PAULO, SP, BRASIL, 09-08-2011: Motorista da ONG (organização não governamental) Banco de Alimentos recolhe frutas e legumes de doador para redistribuir em São Paulo (SP). Contra a fome e o desperdício, Luciana Chinaglia Quintão, 49, do Banco de Alimentos, finalista da sétima edição do Prêmio Empreendedor Social, recria lei da oferta e da demanda. Com o slogan “busca onde sobra, entrega onde falta”, o Banco de Alimentos tem o objetivo de minimizar os efeitos da fome por meio do combate ao desperdício de alimentos, ao mesmo tempo em que promove educação e cidadania em três frentes: nas empresas doadoras, nas instituições filantrópicas e nas escolas. Por meio de seu programa mais antigo, o colheita urbana, complementou 40.276.775 refeições e realizou 8.142.189 atendimentos desde 1999. Atualmente, beneficia 22.171 pessoas com risco alimentar, em 51 instituições de São Paulo e do entorno. O Prêmio Empreendedor Social 2011, que acontece nos cinco continentes, é realizado no Brasil pelo jornal Folha de S.Paulo em parceria exclusiva com a Fundação Schwab, da Suíça. (Foto: Renato Stockler/Na Lata, 1388) *** DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM ***
Preço dos alimentos subiu 8,2% em 2017 e deve seguir sustentado pela forte demanda em 2018

DA REUTERS

A forte demanda deve sustentar os preços mundiais dos alimentos em 2018, embora a situação política nos países produtores de petróleo e as negociações comerciais internacionais possam gerar maior volatilidade, disse nesta quinta-feira (11) Abdolreza Abbassian, economista da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Os preços mundiais dos alimentos subiram 8,2% em 2017 ante 2016, atingindo seu maior valor anual desde 2014, em um índice compilado pela FAO.

No Brasil, houve deflação dos alimentos em 2017, resultado de uma supersafra no primeiro semestre. A queda dos preços do produto foi uma das razões para o baixo índice de inflação observado em 2017, abaixo do piso da meta do Banco Central.

A situação não deve se repetir no Brasil em 2018, avaliam analistas.

Os alimentos nos mercados internacionais ainda estão 24% abaixo das máximas de 2011, e a oferta de muitas commodities que compõe o índice da FAO (cereais, oleaginosas, produtos lácteos, carne e açúcar) permanece ampla.

"O sentimento geral é que sabemos quais são os suprimentos e não há desculpas para pensar que a demanda poderá enfraquecer. Então há um impulso a ser construído", disse Abbassian.

O indicador da FAO subiu em 2017, apesar de uma queda de 3,3% em dezembro em relação a novembro, com recuo acentuado nos preços de produtos lácteos, óleos vegetais e açúcar.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.