DA REUTERS

Manifestantes revoltados com uma propaganda considerada racista da rede H&M saquearam diversas lojas da marca sueca de roupas na África do Sul neste sábado (13).

O grupo Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF, na sigla em inglês) teve como alvo seis lojas da H&M na província de Gauteng, onde fica a cidade de Johannesburgo, o polo econômico da África do Sul, destruindo vidraças e espalhando roupas, disse a polícia.

Em um dos casos, policiais tiveram que disparar balas de borracha para dispersar os manifestantes, acrescentou a polícia.

A H&M emitiu no início da semana um comunicado pedindo desculpas pelo anúncio, bastante criticado em todo o mundo, que apresentava uma criança negra exibindo uma camisa com a frase "o macaco mais legal da selva". A loja também disse que removeu a peça do mercado.

Mas Mbuyiseni Ndlozi, porta-voz do grupo radical de esquerda EFF, disse que era muito pouco e muito tarde para desculpas.

"O tempo das desculpas pelo racismo acabou. Deve haver consequências para o racismo. Ponto final!", escreveu Ndlozi no Twitter, publicando fotos de uma loja da H&M vandalizada e filmagens de apoiadores da EFF.

A H&M da África do Sul não respondeu a um pedido de comentário, mas seu site local apresentou um pedido de desculpas pelo anúncio.

"Nossa posição é simples, cometemos um erro e estamos profundamente arrependidos", diz o comunicado.

A polícia disse que está monitorando os protestos, mas que não foram feitas prisões até o momento.

Manifestações contra questões corporativas têm um histórico de violência na África do Sul, onde motoristas do serviço de transporte particular Uber chegaram a ter seus veículos incendiados no ano passado por motoristas de táxi.

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