A empresária Valéria Ramos, 44, coloca em prática no Dagosto Bistrô, no Rio de Janeiro, tudo o que aprendeu como franqueada. O restaurante é especializado em comida sem conservantes e totalmente produzida na própria cozinha.
De franqueada passou a franqueadora, em parceria com o marido Mauricio Valente, 54. A rede já tem três unidades no Rio e está prestes a abrir a primeira franquia, em São Paulo.
O sucesso da marca pode ser estimado pelos planos de inaugurar, até o fim deste ano, dez pontos -o investimento inicial é a partir de R$ 345 mil, com previsão de retorno em 20 meses.
Ramos e Valente contam que foram donos de uma rede com 30 lojas de CDs e DVDs, de 1990 a 2007, no Rio, mas se viram obrigados mudar os planos com o avanço tecnológico. Em 2004, o casal abriu três livrarias com pequenos cafés, também no Rio.
"Percebemos que era a hora de mudar de novo e, em pouco tempo, compramos franquias da Uno & Due, Giraffas e Premiato. Foi uma grande escola, porque passamos a lidar com fornecedores, controle de estoque e treinamento de pessoal", explica Ramos. Nesse meio tempo, o casal ainda abriu um restaurante de comida a quilo.
"Nossa relação com as franquias sempre foi boa e não houve qualquer rompimento jurídico, já que a Uno & Due acabou, a Giraffas aceitou comprar nosso ponto e Premiato entendeu que o negócio de risotos no Rio era muito limitado", diz Ramos.
Valente revela a regra de ouro para o sucesso de um negócio. "O acolhimento é o grande diferencial. Duas de nossas lojas são de fast-food, então o que mais conta é a agilidade aliada à qualidade. Aqui as pessoas querem receber a atenção do garçom. A bagagem que adquirimos como franqueados ajuda muito", diz o dono do Dagosto, que tem um faturamento mensal de R$ 160 mil.
A identificação de necessidades a partir da experiência com uma franquia também despertou em Nadia Benitez, 39, o desejo de ter um negócio com total autonomia em Foz do Iguaçu.
A psicopedagoga havia comprado a franquia Tutores, no segmento de educação, e durante sua pós-graduação em neuropedagogia notou que o processo de reforço escolar apresentava lacunas. A partir daí, trabalhou no desenvolvimento de um novo método, inaugurado em 2012 com o nome Ginástica do Cérebro.
"Minha relação com a franquia era tão boa que eles me ajudaram a desenvolver o negócio, e muitas vezes trabalhamos em conjunto com as duas formas de ensinar. Um indicava o outro, como um trabalho complementar. Foi um casamento de quatro anos (de 2011 a 2015) que deu muito certo", conta Benitez, que cobra entre R$ 13 mil e R$ 28 mil por uma unidade da Ginástica do Cérebro.
"Os franqueados precisam de apoio, faço questão de oferecer isso aos meus", afirma a psicopedagoga, que fechou 2017 com faturamento aproximado de R$ 500 mil.
A empresa trabalha com a neuroaprendizagem e o desenvolvimento cognitivo para estimular a memória e o raciocínio lógico. Nas 20 unidades espalhadas pelo Brasil (São Paulo também deve ter a sua, em abril), recebe pessoas a partir dos 4 anos.
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