Murdoch quer que Facebook pague a empresas de mídia por notícias

Crédito: Evan Agostini/Associated Press FILE - In this Feb. 22, 2015 file photo, Rupert Murdoch arrives at the 2015 Vanity Fair Oscar Party in Beverly Hills, Calif. Murdoch, issued an apology Thursday, Oct. 8, after he faced social media backlash following his suggestion that President Barack Obama isn't a "real black president." (Photo by Evan Agostini/Invision/AP, FIle) ORG XMIT: NYET403
O magnata da mídia Rupert Murdoch

DO "FINANCIAL TIMES"

O bilionário da mídia Rupert Murdoch pediu nesta segunda (22) que o Facebook passe a pagar a empresas jornalísticas pela divulgação de notícias, num modelo similar ao da TV por assinatura, em que as operadoras remuneram os canais pela transmissão.

A declaração de Murdoch, dono de um império de comunicação que inclui jornais como o "Wall Street Journal" e o "The Sun", foi uma resposta ao anúncio da rede social, na sexta (19), de que vai deixar que os usuários classifiquem as fontes de notícias que eles consideram mais confiáveis.

"Existe muito sensacionalismo, desinformação e polarização no mundo de hoje", escreveu o presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, em um post nesta sexta-feira (19). "Nós decidimos que seria mais objetivo deixar que a comunidade determine quais fontes são amplamente confiáveis."

Para fontes "uma tarifa teria pouco impacto no lucro da rede social, mas grande para as empresas de comunicação e para os jornalistas."

O Facebook não se pronunciou sobre a declaração.

O novo sistema de classificação começa a valer na segunda-feira (22) nos EUA, antes de se expandir para os usuários dos demais países.

A alteração é mais uma medida do Facebook para tentar debelar as críticas de que não faz o bastante para impedir a propagação de "fake news" na rede social, que conta com 2 bilhões de usuários.

Uma das questões é se os seus algoritmos não podem ter sido influenciados por conteúdo criado por operadores russos, favorecendo a eleição de Donald Trump em 2016.

A mudança no modelo de classificação anunciada pelo Facebook deve favorecer empresas de mídia mais conhecidas e tidas por mais confiáveis. Não vai, porém, aumentar o total de notícias na rede social, pois uma alteração anunciada na semana passada relegou a segundo plano o jornalismo, ao privilegiar o material compartilhado por amigos e família no feed de notícias (página inicial do usuário).

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