A compra da Itambé pela francesa Lactalis foi aprovada sem restrições pela superintendência-geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União" desta terça-feira (30).
Caso não haja recursos, a Lactalis se tornará a dona da Itambé após vencer o prazo de 15 dias.
O laticínio mineiro, que pertencia à CCPR (Cooperativa de Produtores de Leite de Minas Gerais), foi vendido ao grupo francês em dezembro.
O valor da transação não foi divulgado, mas estima-se que seja de cerca de R$ 2 bilhões –acima dos R$ 1,4 bilhão oferecidos pelos mexicanos da Lala, que também tentavam comprar a Itambé.
A operação, porém, passa por questionamento judicial por parte da Vigor, que era dona de 50% da Itambé até o início de dezembro, quando a CCPR exerceu seu direito de preferência de compra e ficou com 100% do laticínio mineiro –o que foi feito com aprovação do Cade.
No dia seguinte à aquisição dos 50%, porém, a CCPR anunciou o acordo de venda da totalidade da Itambé para a francesa Lactalis, uma movimentação que a Vigor considerou como violação do acordo de acionistas, conforme o pedido de liminar aceito pelo juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, da 1ª Vara Empresarial de São Paulo, duas semanas após o anúncio.
A CCPR recorreu, mas a decisão liminar de suspensão da venda foi mantida pelo desembargados do Tribunal de Justiça paulista.
A Vigor havia entrado como terceiro interessado no processo do Cade.
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