A Boeing pode expressar interesse em participar de uma concorrência de jatos de combate no Canadá, apesar de uma recente disputa comercial, mas ainda está estudando o caso, disse nesta segunda-feira (5) um executivo sênior.
A Boeing tem até 9 de fevereiro para expressar interesse em fazer parte de uma oferta por 88 jatos avaliados entre 15 bilhões e 19 bilhões de dólares canadenses (US$ 12,1 bilhões a US$ 15,3 bilhões).
Questionado antes do Cingapura Airshow se a fabricante de aeronaves norte-americana manifestaria interesse até sexta-feira, o vice-presidente de vendas na divisão de Defesa e Espacial da companhia, Gene Cunningham, disse a repórteres: "Essa é certamente uma possibilidade e informaremos assim que se desenrolar."
A relação da Boeing com o Canadá azedou desde que a empresa norte-americana prestou queixa contra a atuação da fabricante canadense de aeronaves Bombardier no mercado norte-americano. Uma comissão de comércio dos EUA rejeitou a reclamação registrada pela Boeing em 26 de janeiro.
A Boeing está em negociações com a brasileira Embraer e ofereceu um novo modelo para associar-se à empresa, segundo o qual o desenvolvimento de novas aeronaves civis e a promoção comercial da linha de jatos regionais da fabricante brasileira ficaria a cargo de uma terceira empresa a ser criada por ambas que contaria com controle americano.
Cunningham ainda disse que a Boeing está em discussões na Ásia para possíveis vendas de defesa, incluindo helicópteros de ataque nas Filipinas e na Tailândia.
A Boeing também teve conversas preliminares com o Vietnã, após a suspensão de um embargo de armas norte-americano, em 2016.
"Estivemos no Vietnã diversas vezes para conversar, mas ainda estamos em uma fase de formulação", afirmou Cunningham, acrescentando que a Boeing seguirá estritamente controles de exportação específicos que se aplicam a todos os produtos militares.
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