As principais Bolsas globais começaram a semana em terreno positivo, provocando alívio em investidores após as fortes quedas registradas na semana anterior. Os principais índices dos Estados Unidos, Europa e Ásia fecharam em alta nesta segunda-feira (12).
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subiu 1,70% pontos. O S&P 500 teve alta de 1,39%, e a Nasdaq avançou 1,56%.
É o segundo pregão seguido em que os índices fecharam em alta. Na semana passada, a crise gerada pelas preocupações em torno de aumentos adicionais de juros nos EUA diante da expectativa de pressões inflacionárias fez os três indicadores acumularem quedas de mais de 5%.
Na Europa, os principais índices também subiram nesta segunda-feira, recuperando parte das recentes perdas e que levaram as Bolsas aos menores patamares em seis meses, com os temores que alimentaram a volatilidade e eliminaram US$ 1 trilhão nos mercados parecendo perder força.
"Nós vemos isso como uma correção de curto prazo ao invés de um evento de fim de ciclo", disseram estrategistas do UBS liderados por Nick Nelson.
Os setores cíclicos impulsionaram a recuperação nesta sessão, com as ações de matérias-primas e de bancos entre os setores de melhor desempenho, com ganhos de cerca de 2% e 1% respectivamente.
Em Londres, o índice FTSE-100 avançou 1,19%. A Bolsa alemã subiu 1,45%. Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 1,20%. A Bolsa de Milão teve valorização de 0,77%.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,36%. Em Lisboa, o índice PSI-20 se valorizou em 1,48%.
Na Ásia, os mercados tiveram um pregão de aparente calma nesta segunda-feira, embora os investidores globais ainda estivessem preocupados com a inflação nos Estados Unidos após a forte venda da semana passada.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 1,29%.
CRISE
Na semana passada, os principais mercados acionários foram abalados por incertezas em torno do número de altas de juros que o banco central americano pode fazer neste ano.
Com isso, os juros pagos pelos títulos de dívida dos EUA atingiram o maior valor em meses, atraindo investidores para a segurança desses papéis, considerados de baixíssimo risco. E isso enxugou dinheiro aplicado em Bolsas que vinham batendo recordes sucessivos.
Como resultado, o Dow Jones caiu 5,2%, e o S&P 500 também recuou 5,2%. Foram as piores baixas desde a semana encerrada em 8 de janeiro de 2016, quando os mercados globais sofreram fortes turbulências arrastados pela crise nas Bolsas chinesas.
Já a Nasdaq perdeu 5,1% na semana, maior queda desde a encerrada em 5 de fevereiro de 2016.
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