O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, quer deflagrar uma operação para apurar se postos e distribuidores praticam cartel (combinam o preço) na venda de combustíveis.
Para tratar do tema, ele já se reuniu com Alexandre Barreto, presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), e com Fernando Segovia, diretor-geral da PF (Polícia Federal).
O governo quer criar uma força-tarefa conjunta e ter algum retorno efetivo em dois meses. Os órgãos vão avaliar a recomendação do ministro.
Na quarta (7), Moreira acusou postos e distribuidores de estar segurando as reduções de preços nos combustíveis feitas pela Petrobras. A estatal é responsável por cerca de 30% do preço final, o restante são impostos e margens de postos e distribuidoras.
"Não podemos assistir de mãos atadas à atuação cartelizada das corporações do setor em prejuízo da população", disse Moreira Franco na quarta (7), no Twitter.
REDUÇÃO DE PREÇO
Nesta quinta (8), a Petrobras anunciou um corte de 3% no preço da gasolina, o maior desde o dia 17 de novembro. O preço do diesel também será reduzido, em 2,6%, a maior queda desde o dia 2 de dezembro.
Na quarta, com a manifestação de Moreira, a estatal anunciou mudança na política de divulgação dos preços: passou a publicar o valor de venda nas refinarias, em reais e por litro, e não mais o percentual de reajuste.
Desde julho, quando a estatal iniciou a nova política de preços com reajustes diários, a gasolina subiu 20% nas bombas. Já o diesel teve alta de 14,8%, segundo a ANP (agência do setor).
Os reajustes são definidos de acordo com a variação das cotações internacionais dos combustíveis e do câmbio.
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