Instituições reforçam compromisso com todas as normas financeiras

Investigados pela PF se defendem das acusações

Agentes da Polícia Federal fazem buscas no Edifício Residências Giacomo Puccini, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro (RJ), durante Operação Pausare
Agentes da Polícia Federal fazem buscas no Edifício Residências Giacomo Puccini, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro (RJ), durante Operação Pausare - Alessandro Buzas/Futura Press/Folhapress
Brasília

A empresa SR Rating, do presidente do BNDES, defendeu em nota "a qualidade técnica e a independência das operações classificadas pelo seu comitê". A SR Rating é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal sobre possíveis fraudes em investimentos do fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis.

Segundo a empresa, "com 25 anos de atuação no mercado, a SR Rating reafirma seu compromisso com o rigor e a excelência técnica das suas análises e está à disposição das autoridades" para esclarecimentos.

"O economista Paulo Rabello de Castro é um dos sócios da SR Rating, hoje licenciado. Hoje, ele que estava em Brasília, após ter conhecimento da operação de busca e apreensão em sua residência, no Rio, se dirigiu voluntariamente para prestar esclarecimentos à Polícia Federal", afirmou a SR.

Segundo a SR, "o comitê de classificação de risco da agência aprovou, entre 2009 e 2010, operações de crédito contratadas para o Grupo Mudar. Por norma, as agências de classificação de risco não têm acesso a informação sobre os futuros compradores, entre eles o Postalis".

Em nota, o banco BNY Mellon afirmou que a PF esteve no escritório da instituição "em decorrência de uma investigação em curso, que entendemos envolver uma séria de outras instituições. Estamos cooperando integralmente com as autoridades".

Em nota, o Postalis afirmou que "não tem outras informações sobre a operação Pausare, deflagrada hoje [ontem] pela Polícia Federal, além daquelas publicadas no site oficial da própria PF".

"O Postalis está sob intervenção da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) desde outubro de 2017 e tem todo interesse de que os fatos investigados sejam esclarecidos com a maior brevidade possível", afirmou o fundo de pensão.

Em nota, Milton Lyra afirmou que "não é e nunca foi intermediário de qualquer repasse a congressistas. Tampouco teve qualquer tipo de negócio com o fundo Postalis. O empresário é o principal interessado na conclusão das investigações, para o que colabora integralmente no esclarecimento das falsas acusações das quais tem sido vítima".

O ex-presidente do BNY Mellon do Brasil José Carlos Xavier de Oliveira não foi localizado pela reportagem, assim como o grupo Canabrava e a Mudar Master.

O BNDES informou que não há qualquer relação entre a operação da PF e as atividades do banco.

O Postalis informou ainda que a sede do instituto, em Brasília, "não foi alvo de diligência" e está funcionando normalmente nesta quinta-feira (1º), "bem como os núcleos regionais em todo o Brasil". 

Fábio Fabrini, Mariana Carneiro e Rubens Valente

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