Apesar do forte movimento de queda nos juros básicos feito pelo Banco Central, as taxas de juros no mercado de crédito brasileiro subiram em janeiro, bem como a inadimplência, em meio à fraca recuperação do mercado de trabalho.
No mês passado, informou o BC nesta terça-feira (27), a inadimplência no segmento de recursos livres subiu de 4,9% em dezembro para 5% em janeiro. Ao mesmo tempo, o spread bancário —diferença entre o custo de captação dos bancos e taxa efetivamente cobrada ao consumidor final— foi a 32,9 pontos percentuais, alta de 1,1 ponto sobre o mês anterior, interrompendo dois meses de queda.
A taxa média de juros, por sua vez, subiu 0,8 ponto, a 41,1%, no segmento de recursos livres, no qual as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras.
Em outubro de 2016, o BC deu início ao atual ciclo de afrouxamento monetário e que levou a Selic de 14,25% para o atual patamar de 6,75%, mínima histórica. E muitos agentes econômicos acreditam que a taxa básica de juros será reduzida mais uma vez em março, em meio ao cenário de inflação fraca.
O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil recuou 0,8% em janeiro sobre dezembro, a R$ 3,066 trilhões, passando a 46,6% do PIB (Produto Interno Bruto).
Em 12 meses, o estoque diminuiu 0,3%. Para 2018, o BC prevê que o saldo geral de financiamentos irá crescer 3% no país, voltando ao azul após dois anos de queda.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.