Presidente da Via Varejo assume comando do Grupo Pão de Açúcar

Mudança indica tendência do grupo a valorizar mais o comércio eletrônico

Peter Estermann assumirá o comando do GPA no dia 26 de abril
Peter Estermann assumirá o comando do GPA no dia 26 de abril - Claudio Belli/Valor
São Paulo | Reuters

O GPA anunciou nesta segunda-feira uma reformulação em sua administração, nomeando o presidente da unidade de móveis e eletrodomésticos Via Varejo, Peter Paul Estermann, para a presidência-executiva no lugar de Ronaldo Iabrudi.

A mudança pode indicar aumento na importância do comércio eletrônico para uma companhia que nos últimos meses obteve forte crescimento apoiado em negócios de atacarejo, uma vez que o país começa a deixar para trás uma recessão de dois anos.

Estermann é presidente-executivo da Via Varejo desde outubro de 2015. Segundo a companhia, sob sua gestão a empresa dona das bandeiras Ponto Frio e Casas Bahia conseguiu integrar suas operações de varejo físico e digital obtendo crescimento de vendas de R$ 19 bilhões para R$ 25 bilhões por ano e seus papéis na bolsa se valorizaram em mais de 500%.

As mudanças no grupo vão ocorrer em 26 de abril e para o lugar de Estermann na Via Varejo, o grupo indicou o executivo Flávio Dias, que hoje comanda a unidade de negócios online da rede de móveis e eletrodomésticos.

Iabrudi é presidente-executivo do GPA desde 2014, assumindo após o grupo francês Casino consolidar o controle sobre a companhia. Sob sua gestão, e em meio à crise econômica do país, o GPA focou seus negócios na abertura de lojas de atacarejo da bandeira Assaí e mais recentemente começou a implementar integração de lojas físicas com comércio eletrônico.

Além de se tornar co-vice-presidente do GPA, ao lado de Arnaud Strasser, Iabrudi manterá a presidência do conselho de administração da Via Varejo, companhia colocada à venda pelo GPA no final de 2016 

Resultado

As mudanças foram anunciadas pouco antes do  GPA anunciar lucro líquido de R$ 408 milhões no quarto trimestre, ante resultado negativo de R$ 29 milhões sofrido um ano antes.

Em termos ajustados, e considerando apenas operações continuadas, o lucro líquido do GPA atribuível a acionistas controladores foi de R$ 159 milhões de reais, queda de 18,4% sobre o quarto trimestre de 2016.

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