Queda do mercado não deve ter grande impacto no Brasil, diz Meirelles

Para o ministro, o futuro dependerá da evolução da taxa de juros internacional 

Maeli Prado
Brasília

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (6) que, considerando-se o cenário atual, não acredita que a volatilidade dos mercados internacionais, instáveis com a expectativa de elevação dos juros nos EUA, possa ter um grande impacto sobre a economia brasileira.

"É uma volatilidade normal dos mercados americanos, que no momento não se configura como uma crise econômica americana. Agora, há uma volatilidade normal de bolsa de valores, subiu muito [a bolsa americana] e está fazendo um ajuste. Vamos ver para onde vai esse ajuste", declarou.

Para o ministro, o futuro dependerá da evolução da taxa de juros internacional. "Esse é o impacto mais direto, que pode atingir o mundo todo ou não, na medida que houve muita volatilidade. Mas o mercado aparentemente voltou a se acalmar".

De acordo com ele, a alta das bolsas americanas não é um sinal de que os preços estavam fora do lugar.

"Subiu bastante, está fazendo um processo de ajuste. Não quer nem dizer que os preços estivessem fora do lugar. Subiu muito, é um fato estatístico, não quer dizer que subiu para onde não devia", disse. "O fato é que o mercado considerou que era necessário um ajuste, vamos ver se continua ou não."

Meirelles disse acreditar que o impacto não será significativo para o Brasil.

"Não acredito que haja dentro do quadro da visão deste momento impactos muito relevantes para a economia brasileira. Existem índices de alta frequência, a bolsa sobe, desce, normal".

Ele descartou a possibilidade de uma intervenção no câmbio. "No momento os mercados estão líquidos, todos, o mercado de juros o mercado de câmbio estão líquidos. Está tudo funcionando normalmente".

PREVIDÊNCIA

O ministro disse ainda que o governo trabalha para fechar até esta quarta-feira (7) o texto final da reforma da Previdência.

"Deveremos fechar até amanhã o texto final, que acredito que será muito próximo à proposta atual", disse.

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