SR Rating diz refutar 'ilações levantadas'

Procurado, Paulo Rabello encaminhou os questionamentos à SR

Brasília
Agentes da Polícia Federal fazem buscas no Rio de Janeiro (RJ), durante Operação Pausare
Agentes da Polícia Federal fazem buscas no Rio de Janeiro (RJ), durante Operação Pausare - Alessandro Buzas/Futura Press/Folhapress

SR Rating informou que "não recomenda, sugere ou dá aval" para que ativos sejam comprados, tampouco é responsável por fazer cumprir obrigações pactuadas entre as partes. Em nota, a empresa alegou que, após as análises iniciais, "fez alertas sobre a deterioração da qualidade do crédito" da Mudar. "Entre 2010 e 2015, a SR indicou uma queda consistente nas notas."

A agência argumentou que o agente fiduciário da operação --que defende o interesse do Postalis-- teve conhecimento das reavaliações, para baixo, da nota e deu ciência ao fundo, "que optou voluntariamente" em prosseguir com o investimento. A SR explicou que é "reconhecida" pela extensão, profundidade e qualidade dos seus relatórios. E rebateu que eram superficiais: "Há, sim, descritivo das empresas envolvidas, das garantias e dos riscos".

A SR justificou que a Mudar SPE foi criada quase que de forma concomitante à emissão das debêntures ou cédulas de crédito imobiliário "porque a captação de recursos era seu propósito".

A empresa acrescentou que refuta "as ilações levantadas" na investigação. A Folha procurou Paulo Rabello, mas ele encaminhou os questionamentos à SR.

A Mudar informou que "sempre se pautou pela mais estrita observância da legislação" e os "mais rigorosos padrões éticos".

"A lisura de suas atividades e das operações de que tomou parte pode ser atestada por farta documentação comprobatória, e seus acionistas já se colocaram à disposição dos órgãos oficiais." O Postalis disse que colabora com a investigação.

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