BC afirma que mudanças no cheque especial serão anunciadas em abril

Sem dar detalhes, Ilan afirmou que serão medidas de autorregulação propostas pelos bancos

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Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, em Brasília
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, em Brasília - Sergio Lima - 10.jan.2018/AFP
Brasília

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quarta-feira (29) que mudanças no cheque especial, com o objetivo de reduzir as taxas de juros bancárias, deverão ser anunciadas em abril. 

Sem dar detalhes, ele afirmou que serão medidas de autorregulação, propostas pelos bancos, e por isso serão anunciadas pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos).

A iniciativa virá após mudanças nas regras do uso do cartão de débito, anunciadas pelo BC nesta semana, e de outras medidas regulatórias e de estímulo à concorrência que, segundo Goldfajn, têm como objetivo reduzir o custo do crédito. 

O presidente do BC afirmou que a redução dos juros bancários estão "mais ou menos compatíveis com outros episódios [de redução da taxa básica de juros] no passado". 

"Não significa que neste episódio não gostaríamos de uma baixa mais rápida da taxa bancária. Estamos trabalhando para isso", disse.

"Nós esperamos e vamos trabalhar para uma queda mais rápida nas taxas bancárias."

TURBULÊNCIA POLÍTICA

Goldfajn afirmou que a atual preocupação do BC é manter a inflação baixa, apesar da retomada gradual da economia combinada com taxas de juros em piso histórico.

O Copom (Comitê de Política Monetária), formado pelos diretores do banco, já informou que, mantidas condições adequadas, pretende cortar mais uma vez a taxa de juros na próxima reunião, de maio. E, em seguida, dar uma pausa de avaliação.

Goldfajn afirmou que o plano foi discutido e aprovado por todos os diretores. A previsão se mantém mesmo com turbulências políticas no curto prazo, como a nova operação da Polícia Federal prendendo pessoas próximas ao presidente Michel Temer. 

"Vamos sempre olhar os riscos, mas de fato achamos que pausar para avaliar tantos os riscos quanto como está evoluindo a inflação pode ser produtivo", afirmou. "Olhando a inflação baixa, mas observando os riscos na economia e querendo garantir o que foi conquistado à frente".

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