Descrição de chapéu Facebook Mark Zuckerberg

Comissão dos EUA investiga Facebook em suposto uso ilegal de dados, diz agência

Consultoria que ajudou a eleger Trump teria feito uso ilegal de informações de 50 milhões de usuários 

Logo do Facebook na Bélgica
Logo do Facebook na Bélgica - Yves Herman - 23.jan.2018/Reuters
Washington | Reuters

A Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos está investigando o Facebook sobre o suposto uso ilegal de dados pessoais, afirmou a agência Bloomberg nesta terça-feira (20), em meio a suspeitas de que uma consultoria política com sede em Londres acessou incorretamente informações em 50 milhões de usuários do Facebook.

A Bloomberg, citando uma pessoa familiarizada com o assunto, disse que a investigação examinaria se a empresa de mídia social permitia que a Cambridge Analytics recebesse alguns dados de usuários do Facebook em violação a suas políticas.

Representantes da FTC não responderam a um pedido de comentário. 

Uma comissão parlamentar britânica convocou o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, para falar sobre o suposto uso ilegal de informações pessoais dos usuários.

"O comitê perguntou repetidamente ao Facebook como as empresas adquiram e retêm informações dos usuários e, em particular, se seus dados foram adquiridos sem o seu consentimento", afirmou  Damien Collins, deputado que preside a comissão.

"As respostas de seus representantes [a essas questões] subestimaram consistentemente esse risco e foram enganosas", disse o deputado. "Chegou o momento de ouvir um executivo sênior do Facebook com autoridade suficiente para explicar esse alarmante fracasso."

No sábado (17), o jornal The New York Times revelou que a Cambridge Analytica, que participou da campanha de Donald Trump, obteve dados sigilosos de 50 milhões de usuários do Facebook e usou as informações para ajudar a eleger o presidente americano em 2016.

Segundo o jornal, os dados foram obtidos através do aplicativo thisisyourdigitallife, da empresa GSR (Global ScienceResearch), que pagava usuários para responderem uma série de perguntas e, em troca, a pessoa consentia que o programa tivesse acesso às suas informações no Facebook, como localização e “likes”.

O aplicativo, porém, não avisava que além dos dados dos usuários, também captava as informações de todos os amigos, chegando ao total de 50 milhões de pessoas. Esses dados foram vendidos então pela GSR para a Cambridge Analytica

Os detalhes do esquema foram revelados por um ex-funcionário da Cambridge Analytica, e o uso ilegal de dados teria acontecido entre 2014 e 2015.

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