Descrição de chapéu pirataria contrabando

Empresas e governo perdem R$ 146 bilhões para pirataria

79% dizem que governo não age para barrar crime, diz pesquisa

Cigarros contrabandeados vendidos por ambulante na Praça da República, em São Paulo - Ronny Santos-25.mai.2016 / Folhapress

 
São Paulo

O Brasil perdeu R$ 146,3 bilhões para pirataria em 2017. O valor é estimado pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP), associação de 30 entidades que combatem a ilegalidade. Em 2016, o rombo foi de R$ 130 bilhões.

De acordo com Edson Vismona, presidente do FNCP e do Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial), o valor é a estimativa de perdas das empresas e do governo com sonegação de impostos dos produtos piratas.

Em 2017, foram R$ 100,2 bilhões que as empresas deixaram de ganhar. O setor mais prejudicado foi o de vestuário (R$ 35,6 bi), seguido por cigarros (R$ 12,3 bi), óculos (R$ 7,7 bi) e TV por assinatura (R$ 4,8 bi). O montante representa o mercado perdido para os produtos piratas. Esses produtos ilegais deixam de pagar uma alíquota média de imposto de 46%.

Este sábado (3) é o Dia Nacional de Combate ao Contrabando, e o Etco divulga a pesquisa Datafolha feita para avaliar a percepção da população sobre o contrabando.

Realizada entre os dias 5 e 8 de fevereiro, com 2.081 entrevistados em 129 municípios, a pesquisa mostra que 79% da população considera que o governo brasileiro é conivente com o crime organizado e com o contrabando de cigarros.

Procurada, a Polícia Rodoviária Federal informou que realiza ações rotineiras, principalmente na fronteira, para coibir o contrabando de cigarros, além de eventuais.

Apesar da indústria do vestuário ter o maior prejuízo, 77% dos entrevistados entendem que os cigarros são os mais contrabandeados.

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