Descrição de chapéu petrobras

Estatal do pré-sal faz acordo para leiloar petróleo da União na Bolsa

Os contratos garantem à União uma parcela do óleo produzido

Funcionário trabalha em plataforma da Petrobras
Funcionário da Petrobras na plataforma P-34, a rimeira a extrair petróleo do pré-sal, em campo no Espírito Santo - BLoomberg
Nicola Pamplona
Rio de Janeiro

A estatal PPSA (Pré-Sal Petróleo SA) anunciou nesta sexta (9) acordo com a B3 (Bolsa de valores brasileira) para a realização de leilões de venda de petróleo da União.

No primeiro leilão, serão licitados contratos anuais da produção de três campos na costa brasileira: Mero, na área de Libra, a maior descoberta brasileira, Lula e Sapinhoá, hoje os dois maiores produtores de petróleo do país.

Os contratos do pré-sal garantem à União uma parcela do óleo produzido, após o desconto de volume equivalente aos gastos do consórcio responsável pelas operações, que é chamada de óleo lucro.

Nos leilões, a PPSA vai oferecer a parcela da União em cada campo durante 12 meses, com o pagamento na retirada do petróleo das plataformas. Vence o leilão quem apresentar o melhor ágio sobre o preço de referência estipulado mensalmente pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para cada campo.

Na primeira venda de óleo da União, anunciada na segunda (5), a PPSA fez um contrato direto com a Petrobras, no valor de cerca de R$ 100 milhões. A estatal comprou 500 mil barris do campo de Mero.

Na ocasião, o presidente da PPSA, Ibsen Flores, informou que a venda foi feita por meio de consulta a oito petroleiras com operações no Brasil.

O melhor preço foi oferecido pela Petrobras.A PPSA planeja uma segunda venda nesse modelo, também de 500 mil barris.

Em nota divulgada nesta sexta, a estatal diz que trabalha para realizar o primeiro leilão o mais rápido possível.

Além de petroleiras, a empresa espera atrair tradings especializadas no comércio de petróleo.

Em Mero, a União tem direito a 41,65% do óleo lucro. Em uma área chamada Norte de Sapinhoá, licitada em 2017, são 80%.

Em Lula, fica com 0,55% da produção, volume equivalente a parte das reservas que está fora dos limites da área concedida.

Em um primeiro momento, essa parcela será usada para pagar a fatia da União em investimentos já feitos pela Petrobras no projeto.

também uma parcela para fora da área de concessão no campo de Sapinhoá, que rende ao governo 3,7% da produção da área. Neste caso, diz o presidente da PPSA, a União é credora, mas receberá em dinheiro após acerto de contas.

De acordo com a legislação, os recursos arrecadados com a venda de petróleo da União são destinados ao Fundo Social.

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