Lucro líquido da Caixa cresce 107% em 2017, para R$ 8,6 bilhões

Inadimplência fechou o ano em 2,25%, menor índice dos últimos cinco anos

Agência da Caixa na avenida Paulista, em São Paulo
Agência da Caixa na avenida Paulista, em São Paulo - Marcus Leoni/Folhapress
São Paulo

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (27) lucro líquido recorrente (livre de efeitos extraordinários) recorde de R$ 8,6 bilhões em 2017, alta de quase 107% ante o resultado do ano anterior.

Quando incluídos efeitos extraordinários, basicamente um teto na provisão feita para o plano de saúde dos funcionários, o lucro salta para R$ 12,5 bilhões, alta de 202,66% em relação ao registrado em 2016.

A margem financeira do banco, a diferença entre a receita e despesa de juro, aumentou 14,1% no ano passado, em meio à queda da taxa básica Selic. 

Esse resultado gerou retorno sobre o patrimônio líquido recorrente de 12,9%, crescimento de 6,3 pontos percentuais em 12 meses, disse a Caixa.

O lucro do banco foi ajudado pela receita com tarifas e prestação de serviços, que avançou 11,5% no ano. As despesas com pessoal cresceram 6,6%, sob impacto do programa de desligamento voluntário extraordinário. 

O banco ressaltou que o índice de inadimplência caiu 0,6 ponto percentual em 12 meses e fechou 2017 em 2,25%, o menor índice de inadimplência dos últimos cinco anos. Apesar da queda de inadimplência, as provisões para créditos duvidosos cresceram 81,3% no quarto trimestre em relação ao terceiro e somaram R$ 5,806 bilhões. No ano, porém, a PDD caiu 4,2%. 

A carteira de crédito do banco recuou 0,4%, para R$ 706,3 bilhões. Houve queda nas concessões de empréstimos para pessoas físicas (-8,6%) e para empresas (-23,1%), mas o crédito habitacional cresceu 6,3%. 

O foco em linhas consideradas mais seguras fez a fatia do imobiliário no estoque total de crédito subir de 57,3% para 61,1% no ano passado. 

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.