Impulsionado pela melhora no mercado financeiro, o BNDES fechou 2017 com lucro de R$ 6,18 bilhões. Segundo o banco, o resultado foi fortemente influenciado pelo resultado de suas participações societárias, que teve crescimento de 249,5% no ano.
O lucro do banco em 2017 foi 3,3% menor do que o registrado no ano anterior. A queda reflete a redução da rentabilidade da carteira de títulos e dos ganhos com operação de crédito. A área de intermediação financeira rendeu R$ 14,97 bilhões no ano, 42,1% a menos do que em 2016.
No balanço divulgado nesta quarta (14), o BNDES diz que a venda de ações de sua carteira durante 2017 rendeu R$ 3,67 bilhões, 249,5% a mais do que no ano anterior. Durante o ano, o banco se desfez de suas participações em CPFL, Marfrig, Rumo, Lojas Americanas, Equatorial e Braskem.
A carteira remanescente também se valorizou, fechando o ano em R$ 81,67 bilhões, alta de 4,4%, provocada principalmente pela valorização de Vale e Petrobras no período.
O BNDES tem uma lista de 19 empresas com ações listadas no nível 1 da BM&FBovespa disponíveis para venda, entre elas Petrobras, Eletrobras e Vale, com valor contábil total de R$ 64,44 bilhões.
A JBS não faz parte desta carteira: está incluída na lista de coligadas, empresas nas quais o BNDES tem participação relevante e participação na gestão.
Em 2017, o volume de pagamentos de dívidas foi superior ao de desembolsos feitos pelo banco, levando a uma redução de 10,3% na carteira de crédito da instituição.
O banco informou que houve redução de R$ 2,45 bilhões na provisão para risco de crédito, que vinha crescendo com a crise financeira mas começa a ceder.
Em 2017, o ativo total do BNDES totalizou R$ 967,52 bilhões, queda de 1% em relação a 2016.
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