Os primeiros dados sobre o impacto da decisão do Facebook de priorizar conteúdos de interação pessoal, anunciada em 11 de janeiro, apontam queda nas chamadas impressões de publicidade.
Impressão é o número de vezes em que o anúncio é entregue ao usuário, aparece em suas páginas na plataforma –não deve ser confundida com visualização.
Segundo números da AdStage, um dos parceiros publicitários da rede social, as impressões já foram 3% menores em janeiro, em comparação com janeiro de 2017.
E foram 18% maiores em fevereiro, em relação a fevereiro de 2017, um percentual de crescimento anualizado inferior ao que vinha sendo registrado até então (85% em outubro, 149% em julho).
Outro efeito da mudança no algoritmo da rede social, pelos primeiros dados, é que o preço cobrado dos anunciantes saltou.
Também segundo números da AdStage, o CPM (custo por mil impressões de publicidade) do Facebook foi 122% maior em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2017.
Em fevereiro, o aumento do CPM foi de 77%. Segundo o site Recode, foram os dois maiores saltos anualizados nos preços cobrados pela plataforma, nos últimos 14 meses.
A mudança do Facebook, que resultou na diminuição de visibilidade do jornalismo profissional nas páginas de seus usuários, levou a Folha a deixar de atualizar seu conteúdo na rede social.
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