Descrição de chapéu Previdência

'Nova reforma da Previdência será muito mais dura', diz relator do projeto

Deputado Arthur Maia acredita que reforma será predominante no debate eleitoral

Relator do projeto de reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA) - Adriano Machado-7.fev.2018 / Reuters
Nicola Pamplona
Rio de Janeiro

Relator do projeto de reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA) disse nesta segunda (12) que a próxima proposta de alteração nas aposentadorias será muito mais dura do que a atual, suspensa após o decreto de intervenção federal na área de Segurança do Rio.

"A reforma que será feita não será a reforma do meu parecer. Será uma reforma muito mais dura e profunda", afirmou ele, em entrevista após participar de seminário sobre o tema no Rio. A proposta atual não pode ser votada enquanto durar a intervenção. 

Ele diz que, com força eleitoral, o novo presidente da República poderá propor mais mudanças mais profundas. "Esse governo tem limitações, tanto por não ter sido eleito, quanto pelas denúncias [sobre o presidente Temer]", analisou Maia. 

Maia reconheceu que o governo não tinha votos para a provar o texto em fevereiro e disse que a proximidade com as eleições dificultaria ainda mais o trabalho de convencimento da base aliada. A intervenção foi decretada na sexta (16) anterior à semana em que a reforma seria discutida na Câmara dos Deputados. 

Mas ele afirmou acreditar que o tema será predominante no debate eleitoral e que uma nova proposta deverá ser debatida logo no início do novo mandato presidencial. "Depois da eleição é outro planeta. Vai ser completamente diferente."

No evento, o secretário de Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, descartou a possibilidade de mudanças parciais na Previdência enquanto a intervenção no Rio for mantida. 

Segundo ele, os dois pontos principais da reforma - a idade mínima para aposentadoria e a convergência entre os regimes do setor privado e o dos servidores - necessitam de emenda constitucional.

"A posição do governo é que a reforma é prioritária, mas enquanto houver intervenção, não dá para votar", afirmou.

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