O Banco Central piorou nesta sexta-feira (23) sua projeção para o déficit em transações correntes neste ano a US$ 23,3 bilhões, sobre US$ 18,4 bilhões antes, principalmente por um superávit mais fraco esperado para a balança comercial.
Agora, a estimativa é que o saldo positivo das trocas comerciais fique em US$ 56 bilhões no ano, ante US$ 59 bilhões na projeção feita em dezembro.
Isso porque com maior fôlego da atividade econômica a expectativa é que as importações cresçam no país. Nas contas do BC, esse volume será de US$ 169 bilhões em 2018, alta de 10,3% sobre o ano passado.
Já as exportações devem subir 3,6% na mesma base, a US$ 225 bilhões.
Para os gastos líquidos de brasileiros no exterior, a projeção segue sendo de US$ 17,3 bilhões no ano.
Por sua vez, a conta para a remessa de lucros e dividendos ao exterior caiu a US$ 24,5 bilhões, sobre US$ 25,5 bilhões antes.
Em relação aos Investimento Direto no País (IDP), o BC segue calculando que serão US$ 80 bilhões em 2018.
FEVEREIRO
Nesta sexta-feira, o BC também divulgou que houve um superávit em transações correntes de US$ 283 milhões em fevereiro, melhor dado para o mês desde 2007, quando veio positivo em US$ 326,1 milhões.
O resultado, porém, ficou abaixo da expectativa de um superávit de US$ 325 milhões, segundo pesquisa Reuters.
Quanto aos investimentos diretos no país (IDP), eles somaram US$ 4,743 bilhões em fevereiro, acima da projeção de analistas de US$ 4,5 bilhões.
No primeiro bimestre, o déficit nas transações correntes ficou em US$ 4,024 bilhões, ante rombo de US$ 6,030 bilhões em igual período do ano passado. Em 12 meses, o déficit caiu a 0,38% do PIB (Produto Interno Bruto).
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