Suzano e Fibria criam gigante da celulose

BNDESPar acerta venda de sua participação na empresa na qual era sócia com a Votorantim por R$ 8,5 bi

Plantação de eucalipto em terreno da Fibria em Três Lagoas (MS) - Danilo Verpa-05.set.2012 / Folhapress
São Paulo

A Suzano Papel e Celulose venceu a disputa com a Paper Excellence e comprou a participação do BNDES na Fibria, o que formará um gigante mundial com 16% do mercado de celulose.

O pagamento será de cerca de R$ 8,5 bilhões, além do recebimento de ações da companhia resultante da consolidação entre as duas gigantes, informa comunicado do BNDES divulgado no fim da noite desta quinta (16).

“As negociações foram conduzidas em comum acordo com a Votorantim S.A. com quem a BNDESPar compartilha o controle da Fibria”, diz o banco.  O braço de participações do BNDES tinha 29% da Fibria.

O anúncio da venda encerra uma disputa entre a brasileira Suzano e a sino-indonesia Paper pela participação da subsidiária de participações acionários do BNDES, a BNDESPar

Além da participação na Fibria, o BNDES detém fatia de cerca de 7% na Suzano

A união criará uma empresa com capacidade de produção de cerca de 11 milhões de toneladas de celulose de mercado por ano, mais que o dobro da segunda maior do segmento, a International Paper, de acordo com dados da empresa de consultoria e engenharia Poyry.

Segundo o BNDES, foram negociadas melhorias de governança, com política de indicação de conselheiros independentes. Pelo acordo, a companhia resultante da consolidação entre Suzano e Fibria deverá, por contrato, manter o mesmo padrão de responsabilidade socioambiental das duas empresas. 

Os acionistas minoritários vão receber dinheiro e ações nas mesmas condições dos controladores. 
A BNDESPar continuará com participação na empresa resultante, mas terá papel minoritário. 

A operação é inteiramente garantida por consórcio de bancos privados e sua conclusão está sujeita à aprovação de agências antitruste. 

Antes da concretização, a  Paper Excellence chegou a elevar oferta R$ 67 para R$ 71,50 ação, de acordo com  a agência Reuters. A proposta foi entregue na quarta-feira (14). 

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