Trump ameaça taxar importação de automóveis da Europa

Presidente dos EUA fez a ameaça pelo Twitter

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O presidente americano Donald Trump - Kevin Lamarque / Reuters
Washington | Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve neste sábado a pressão sobre os parceiros comerciais ao ameaçar as montadoras europeias com uma tarifa sobre importações se a União Europeia retaliar contra seu plano de adotar tarifas sobre alumínio e aço.

A pressão foi feita pelo Twitter neste sábado (3). Trump avisou na rede social que ele se recusa a ceder aos interesses de empresas dos EUA e de parceiros comerciais estrangeiros alarmados com a perspectiva de uma guerra comercial que afetou os mercados financeiro esta semana.

"Se a UE quiser aumentar mais suas já fortes tarifas e barreiras às empresas dos EUA que fazem negócios lá, vamos simplesmente aplicar um Imposto sobre seus carros que entram livremente nos EUA", escreveu Trump no Twitter.

"Eles impossibilitam que nossos carros (e mais) sejam vendidos lá. Grande desequilíbrio comercial!"

Na quinta-feira, Trump disse que os EUA vão aplicar tarifas de 25% sobre o aço importado e de 10% sobre o alumínio para proteger os produtores domésticos.

A decisão de Trump de impor tarifas à importação de aço e alumínio no país deflagrou uma onda de descontentamento, com chances de evoluir para uma guerra comercial global.

A União Europeia disse na sexta-feira (2) que, caso seja atingida, não terá escolha a não ser questionar as tarifas na OMC e impor suas próprias taxas e outras medidas de retaliação. 

“Estamos discutindo diferentes medidas. Tudo, desde levar o caso à OMC, sozinha ou com parceiros afetados, e também medidas de proteção e possível retaliação”, disse Cecilia Malmstrom, chefe de comércio da UE.

Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, sugeriu que o bloco poderia mirar produtos tipicamente americanos, como motos Harley-Davidson, uísque bourbon e jeans Levi’s.

“Não gosto de usar as palavras ‘guerra comercial’, mas não consigo ver como isso não faz parte de um comportamento de guerra”, disse.

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