Um dia após apagão, queda de luz dá susto em autoridades energéticas no Rio

Lâmpadas do centro de convenções na região central do Rio ficaram apagadas por alguns segundos

Avenida Tancredo Neves, em Salvador, na Bahia, durante apagão
Avenida Tancredo Neves, em Salvador, na Bahia, durante apagão - Raul Spinassé/Agência A Tarde/Folhapress
Nicola Pamplona
do Rio

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, falava à imprensa sobre o apagão desta quarta (21) após participar de abertura de evento no setor elétrico quando a luz começou a falhar. As lâmpadas do centro de convenções na região central do Rio piscaram algumas vezes até se apagarem de vez. 

Foram apenas alguns segundos de escuridão, mas o suficiente para assustar as autoridades presentes. Dentro do auditório, o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luiz Eduardo Barata, participava de um debate com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso.

"Já foi identificado, foi um problema da Light [distribuidora de energia que abastece a capital fluminense]. Mas é claro que tomei um susto", disse Barata, após o debate. No dia anterior, o chefe do órgão responsável pela operação do setor elétrico passou tarde e noite coordenando o trabalho de recomposição do fornecimento após o apagão.

O problema de quarta foi causado por falha em um disjuntor da subestação Xingu, parte do sistema que escoa a energia da usina de Belo Monte, e deixou cerca de 70 milhões de pessoas sem luz. O abastecimento foi totalmente interrompido no Nordeste e em quatro estados do Norte: Amazonas, Amapá, Pará e Tocantins.

No Sudeste e no Centro-Oeste, as distribuidoras acionaram plano de contingência que prevê cortes isolados para equilibrar a tensão da rede elétrica. Na área de concessão da Eletropaulo, por exemplo, houve cortes nas zonas norte e oeste da capital e na região do ABC.

O ONS ainda investiga as causas do apagão, mas já se sabe que o disjuntor estava ajustado para operar com uma carga inferior à planejada para aquele momento, de 3,7 mil megawatts (MW). A investigação agora vai determinar por que razão isso ocorreu.

O ministro Coelho Filho não comentou o apaguinho desta quinta. Quando a luz acendeu novamente, demonstrou alívio e continuou respondendo perguntas sobre o problema do dia anterior.

Procurada, a Light ainda não informou o que provocou a oscilação no fornecimento de energia na região do centro de convenções.

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