Pacotes da Amazon são entregues em todos os lugares. Nas varandas das casas? Certamente. Em escritórios? Claro. Dentro de casas trancadas? Sim, lá também. Pode acrescentar um novo lugar à lista: o porta-malas do seu carro.
Desde a terça-feira (24), pessoas em dezenas de cidades dos Estados Unidos podem receber entregas da Amazon em seus carros, desde que o veículo esteja dotado da tecnologia necessária. Acionando um controle com seu smartphone, o entregador pode destrancar o carro e deixar o pacote no porta-malas ou no banco traseiro.
O novo serviço pretende atender aqueles que não queiram correr o risco de ver roubados os pacotes deixados na varanda de sua casa, ou que não possam receber encomendas no trabalho.
Na segunda (23), a empresa demonstrou como o sistema funciona. Uma motorista da Amazon apanhou um pacote e caminhou até o endereço de entrega: o porta-malas de um sedã Volvo S90, vazio e reluzente, em um estacionamento. Depois de apertar dois botões em um aplicativo, abriu o porta-malas, deixou a encomenda e trancou o carro, deixando a entrega à espera de seu proprietário.
A Amazon tem investido na segurança de entregas. Para reduzir roubos, instalou guarda-volumes em lojas físicas, nos quais os compradores podem apanhar os pacotes. Em 2017, criou um programa que permite que entregadores abram as portas de casas e deixem pacotes dentro.
Para a entrega em carros, o comprador precisa ter um veículo Chevrolet, Buick, GMC ou Cadillac, ano 2015 ou posterior, e uma conta no OnStar, serviço de navegação da General Motors. Donos de carros da Volvo, com modelos 2015 ou posteriores, também terão acesso, se seus carros estiverem equipados com o sistema On Call.
Os entregadores poderão recorrer ao OnStar e ao On Call para localizar os carros, por meio de sistemas de navegação via satélite, e para destrancar os porta-malas.
Com o tempo, o serviço será estendido a carros de outras montadoras, diz a Amazon.
A empresa também afirma que os sistemas permitirão acesso ao veículo trancado para apenas uma entrega pré-agendada, a fim de impedir acesso não autorizado.
"Acreditamos em oferecer escolhas aos consumidores", disse Rohit Shrivastava, gerente-geral do Amazon Key. "Esse é um serviço que talvez não seja para todos".
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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