Kevin Johnson, presidente da rede Starbucks, pediu desculpas no último sábado (14) pela prisão de dois homens negros em uma cafeteria na Filadélfia. A companhia foi acusada de discriminação racial depois que funcionários chamaram a polícia para retirar os homens do estabelecimento.
Johnson prometeu uma profunda investigação do incidente que foi filmado por fregueses e compartilhado em redes sociais.
Os dois homens foram acusados pela equipe de funcionários de invadir a cafeteria. Eles afirmaram que estavam aguardando a chegada de um amigo para fazerem seus pedidos.
Melissa DePino, uma escritora que publicou um dos vídeos do episódio, disse que a polícia foi chamada porque os homens não consumiram nada enquanto esperavam. Segundo ela, clientes brancos "se perguntaram porque isso nunca acontece conosco quando fazemos algo do tipo".
No vídeo, fregueses dizem aos policiais que os homens não estavam fazendo nada de errado e que eles estavam sendo importunados por causa de seu tom de pele.
Segundo o comandante da polícia local, os funcionários disseram que os dois homens quiseram usar o banheiro mas foram informados que o uso era restrito a clientes. O par se recusou várias vezes a deixar o estabelecimento após pedidos da equipe e dos policiais.
Eles foram soltos após a polícia ser comunicada de que o Starbucks "não tinha mais interesse" em prestar queixas contra eles.
"As imagens registradas por clientes são difíceis de assistir e as ações vistas ali não representam a missão e os valores do Starbucks", disse Johnson em um comunicado.
"O motivo usado para chamar a polícia da Filadélfia estava errado", afirmou o presidente.
Ele se comprometeu a revisar as políticas da empresa e "treinar mais nossos parceiros para que possam melhor identificar situações em que a assistência policial seja necessária".
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