Ao tomar posse, o novo ministro do Planejamento, Esteves Colnago, lembrou que a situação fiscal é frágil e defendeu, nesta terça-feira (10), que é necessário perseverar nas medidas mais duras tomadas pela equipe econômica, como controle de gastos e redução do tamanho da máquina pública.
Defendeu ainda maior participação da iniciativa privada na retomada da economia.
"A economia está em recuperação em um momento em que a situação fiscal é muito frágil", afirmou, durante a cerimônia em que recebeu o comando da pasta do seu antecessor, Dyogo Oliveira, que assumiu a presidência do BNDES. "Muitas medidas são duras, mas é preciso perseverar".
Ele defendeu que a iniciativa privada precisa ser estimulada a "tomar seu lugar no novo ciclo de crescimento".
"O Estado de hoje, por algum tempo, não conseguirá ser o motor desse novo ciclo. Isso não parece estar claro para a sociedade. O Estado precisa fortalecer seu papel de regulador, o que passa particularmente pelo fortalecimento das agências reguladoras e do Banco Central", afirmou, durante a cerimônia em que recebeu o comando da pasta do seu antecessor, Dyogo Oliveira, que assumiu a presidência do BNDES.
Ele declarou ainda que o Estado precisa reavaliar seu papel de provedor de bens e serviços.
"O Estado, até pela situação fiscal, deve se restringir a fornecer bens e serviços de alto interesse da sociedade e de difícil oferta pela iniciativa privada. Mercados como o de energia já têm maturidade e atratividade suficientes para serem ofertados para a iniciativa privada, sendo o Estado, em alguns casos, em vários casos, o empecilho ao pleno desenvolvimento dos mesmos."
META
Colnago disse também que a equipe econômica ainda avalia se será possível traçar uma meta de deficit primário (receitas menos despesas antes do pagamento de juros) menor para 2019.
A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) do ano que vem será entregue até esta sexta-feira (13). A meta projetada para 2019 é de um rombo de R$ 139 bilhões, mas chegou-se a discutir a possibilidade de reduzir o deficit esperado.
"Estamos discutindo os números", disse. "A premissa é que vamos ser os mais prudentes possível. Eventualmente pode reduzir, até porque teremos um novo presidente. Não podemos criar um desafio que não se justifique", disse. "Uma das possibilidades é que, se os números forem melhores, reduzir a meta. Mas não vamos tomar decisão que não passe por um análise prudencial".
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