Reaproveitar sobras das flores usadas em casamentos para novos buquês e arranjos virou negócio para a economista Marina Porto, 23, fundadora da Flor+1.
O formato permite reduzir perdas e vender seus produtos com custo até 50% menor, valor repassado no preço final para os clientes.
Às segundas-feiras, Marina recebe sua matéria-prima de decoradores e floristas e monta peças com lírios, orquídeas e astromélias, que têm alta durabilidade.
“Ao desmontar os arranjos nas empresas, também vemos se sobrou alguma folhagem e usamos de novo”, diz.
Para 2018, a meta é aumentar a base de clientes empresariais, que fazem pedidos maiores, e crescer 50%. O investimento inicial foi de R$ 300, só em materiais.
Já a cozinheira Gabriela Cardia, 31, sócia da loja de flores paulistana Florinda, usou uma bicicleta decorada com plantas, arranjos e buquês para ganhar visibilidade.
“Tivemos a ideia observando o que faziam os food trucks, que estavam no auge da moda. Era uma forma de fortalecer a marca indo a feiras livres, por exemplo”, diz.
Para comprar e adaptar a bicicleta e uma carreta de transporte foi necessário um investimento de R$ 12 mil.
“Valeu a pena criar um nome em cima dessa estratégia, e só usando a bicicleta e as redes sociais conseguimos crescer bastante.”
A empresa também presta serviços em eventos corporativos e cerimônias de casamento, nos quais leva a bike para distribuir minibuquês e lembranças.
As flore usadas são cravo, lisiantos e ramos de eucalipto, que se tornaram a marca registrada da Florinda.
Para Fabrício Saad, professor de empreendedorismo da pós-graduação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), as táticas podem servir de inspiração.
“É uma forma criativa de associar a marca à sustentabilidade e a uma produção mais consciente. Não é preciso só investir em tecnologia para fazer bom marketing.”
A Florinda faturou cerca de R$ 385 mil em 2017. O plano é crescer 30% neste ano.
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