Fundo do Santander investe em startup de crédito brasileira

Creditas recebeu US$ 55 milhões em rodada liderada por grupo sueco

Fachada de agência bancária do banco Santander em Nova York
Fachada de agência bancária do banco Santander em Nova York - Associated Press- AP
Filipe Oliveira
São Paulo

O Santander, a partir de seu fundo para aplicar recursos em novas empresas de tecnologia financeira InnoVentures, participou de investimento de US$ 55 milhões (cerca de R$ 200 milhões) na startup brasileira Creditas.

Criado há quatro anos e com US$ 200 milhões disponíveis, o fundo investiu em outras 20 empresas. É o primeiro aporte feito por ele em companhia brasileira.

Aberta em 2012, a Creditas desenvolveu sistema para empréstimos pessoais a partir da internet. Sua estratégia é dedicar-se a operações nas quais o cliente tem um imóvel ou carro para dar como garantia e, assim, obter juros menores. 

Junto com a empresa de cartões Nubank e o GuiaBolso, de controle financeiro por aplicativo, ela é uma das representantes principais do movimento de fintechs do mercado brasileiro.

A maior parte dos recursos aplicados na startup vieram do Vostok Emerging Finance, fundo de investimento cotizado na Bolsa da Suécia dedicado a fintechs de mercados emergentes.

Também participaram da operação o Amadeus Capital Partners e investidores que já haviam colocado dinheiro na companhia, como Kaszek Ventures e IFC, braço de investimentos privados do Banco Mundial.

Atualmente a Creditas conta com 365 profissionais. Ela afirma ter crescido sete vezes nos últimos 12 meses e planeja usar os novos recursos para investir em tecnologia e crescimento na base de clientes. 

Com uma equipe de 365 pessoas, a Creditas deve desenvolver novos produtos e explorar outros mercados nos próximos meses, afirma a empresa.

Sergio Furio, presidente da Creditas, disse em nota querer manter ritmo de crescimento acelerado na empresa e ser 30 vezes maior do que hoje em três anos.

O avanço do mercado de fintechs no Brasil tem levado os grandes bancos a buscar meios de se aproximar dessas novas companhias para assimilar suas tecnologias e modos de trabalhar.

Itaú e Bradesco mantém espaços para trabalho de startups em São Paulo, o Cubo e o InovaBra Habitat, respectivamente. 

O Santander lançou em fevereiro do ano passado o programa Radar, de aceleração de startups, em parceria com a ONG de apoio a empreendedorismo de impacto Endeavor.

Em 2016, o Santander comprou a empresa de cartões pré-pagos Conta Super.

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