O Palácio dos Campos Elíseos, construído no século 19, foi sede do governo de São Paulo de 1912 a 1965. Agora, depois de mais de uma década sem uso, virou escritório de startups e espaço de eventos sobre empreendedorismo.
O local, na área central de São Paulo, estava desocupado desde que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação o deixou, em 2006.
Após uma reforma que levou quatro anos e custou R$ 20 milhões, o espaço foi concedido por cinco anos ao Sebrae-SP e batizado como Centro Nacional de Referência em Empreendedorismo, Tecnologia e Economia Criativa.
O palácio tem 4.000 m² e quatro andares.
Por enquanto, só um deles está equipado, com um escritório compartilhado com seis vagas, uma aceleradora com 11 startups mantida pelo Sebrae-SP, duas salas para capacitações que podem receber 75 pessoas e área administrativa do Sebrae.
Guilherme Arradi, consultor de inovação do Sebrae-SP, diz que o andar térreo, onde destacam-se lustres, pilastras, piso de madeira e pé-direito alto, terá museu dedicado à história do centro de São Paulo e à tecnologia.
Também está previsto um café no subsolo e área de eventos no piso superior.
Arradi diz que a inserção do espaço de empreendedorismo no centro da cidade contribui para a revitalização da área, que fica a poucas quadras da cracolândia.
O Sebrae-SP prevê receber 16 mil pessoas no primeiro ano do palácio.
As atividades oferecidas pelo espaço e o uso dos escritórios serão gratuitos.
Para ter acesso a um posto de trabalho, é preciso fazer inscrição e entrar em uma fila. Cada interessado pode trabalhar ali por até 30 dias.
Esse é o terceiro centro de referência mantido pelo Sebrae. Também há um em Mato Grosso dedicado à sustentabilidade e outro no Rio de Janeiro ao artesanato.
De inspiração francesa, o Palácio dos Campos Elíseos foi inaugurado em 1899 como residência do cafeicultor e político Elias Pacheco Chaves.
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