Presidente da EPE pede demissão após mudança de comando em Minas e Energia

Luiz Barroso renunciou nesta segunda (9); o secretário-executivo, Paulo Pedrosa, já havia renunciado

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Wellington Moreira Franco vai assumir o Ministério de Minas e Energia no lugar de Fernando Coelho Filho
Wellington Moreira Franco vai assumir o Ministério de Minas e Energia no lugar de Fernando Coelho Filho - Ueslei Marcelino/Reuters
Rio de Janeiro

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Luiz Barroso, renunciou ao cargo nesta segunda (9). Barroso é o segundo quadro da área energética a deixar o cargo após a mudança no comando do MME (Ministério de Minas Energia), que passa a ser ocupado por Moreira Franco.

O primeiro foi o secretário executivo do MME, Paulo Pedrosa, que entregou o cargo na semana passada e será substituído pelo secretário de Petróleo e Gás, Márcio Felix.

Pedrosa e Barroso assumiram os cargos no governo com a chegada do ex-ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que vai disputar reeleição para a Câmara dos Deputados.

Na sexta (6), o anúncio da saída de Pedrosa contribuiu para queda de 9,17% no valor das ações da Eletrobras. Nesta segunda, os papéis caíram novamente: as ações ordinárias tiveram queda de 9,56% e as preferenciais, de 6,74%. 

Em evento no Rio, o presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, que também foi indicado por Temer, disse que tem um mandato a cumprir - vence em abril de 2019 - e quer concluir as medidas iniciadas em sua gestão. "Tenho compromisso com os trabalhos na companhia", afirmou, citando mudanças gerenciais, enxugamento da companhia e o processo de venda de ativos em curso.

A Eletrobras espera realizar, em junho, leilão na Bovespa para vender suas fatias em 70 empreendimentos de geração e transmissão de energia. Antes, em maio, o governo deve realizar leilão de venda das distribuidoras de eletricidade que hoje são operadas pela estatal.

Além disso, Ferreira Junior afirmou que trabalha para convocar para até o fim de setembro uma assembleia de acionistas para votar a oferta de novas ações para a privatização da estatal. Segundo o cronograma da empresa, lançamento das ações seria realizado em novembro. 

A ideia é que o governo fique com cerca de 40% do capital da empresa, pulverizando o restante nas mãos de investidores privados. O processo depende, porém, de aprovação no Congresso.

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