Trump diz que EUA são tratados injustamente na OMC em relação a China

Presidente americano diz que país asiático é uma grande potência que recebe benefícios

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Washington | agências de notícias

O presidente americano, Donald Trump, em meio a um confronto comercial com a China, criticou a OMC (Organização Mundial do Comércio), a quem acusou de ser injusta em relação a seu país.

"A China, que é uma grande potência econômica, é considerada um país em desenvolvimento dentro da Organização Mundial do Comércio", afirmou em seu Twitter nesta sexta-feira (6).

"Por isso recebe enormes benefícios e vantagens, especialmente em relação aos Estados Unidos. Alguém por acaso acha que isso é justo? Estamos mal representados. A OMC é injusta conosco", acrescentou.

A China apresentou na quinta-feira (5) uma queixa à OMC acerca das medidas tarifárias contra produtos chineses que os EUA Unidos pretendem colocar em prática, especialmente produtos de tecnologia. E alertou nesta sexta-feira (6) que está totalmente preparada para responder com um "contra-ataque feroz" de novas medidas comerciais caso os Estados Unidos sigam com a ameaça de Trump de impor tarifas sobre outros R$ 100 bilhões em produtos chineses.

Diante da "retaliação injusta" da China contra as ações comerciais anteriores dos EUA, Trump elevou as apostas na quinta-feira (5) ao ordenar que autoridades norte-americanas avaliassem tarifas extras, aumentando o confronto com consequências potencialmente prejudiciais para as duas maiores economias do mundo.

Embora Pequim afirme que Washington é o agressor e está provocando protecionismo global, os parceiros comerciais da China reclamam há anos que o país abusa das regras da OMC e propaga políticas injustas que impedem empresas estrangeiras de entrarem em alguns setores no país.

TARIFAS

Trump também insistiu que as sobretaxas sobre aço e alumínio, que começaram em março e que deram deram início à disputa comercial com o país asiático.

"Os preços do alumínio baixaram 4%. As pessoas estão surpresas, eu não. Chega muito dinheiro aos cofres americanos e empregos, empregos, empregos”, escreveu.

O presidente americano ainda voltou a dizer que seu país esteja em guerra comercial com a China, guerra essa que teria sido perdida “há muitos anos por pessoas tontas e incompetentes que representaram os Estados Unidos”.

As tarifas de 25% sobre importações de aço e de 10% sobre as de alumínio foram promulgadas em 8 de março sob argumento de segurança nacional. Desde  que os conflitos com Pequim começaram, Trump ameaçou com sanções adicionais de US$ 100 bilhões à China.

OMC

A China, por sua vez, pediu nesta sexta-feira (6) à União Europeia que atuem juntos contra o protecionismo americano.

"A China e a União Europeia têm por responsabilidade fazer respeitar a ordem comercial multilateral baseado em regras. Temos que agir juntos", afirmou o embaixador chinês ante a UE, Zhang Ming.

Também criticou as decisões americanas "tipicamente unilaterais e protecionistas, que criam um precedente muito ruim".

"Os Estados Unidos dão as costas às regras reconhecidas internacionalmente", acrescentou, alertando contra "o retorno da lei da selva" no comércio internacional, afetando os interesses de todo o mundo, “inclusive os da União Europeia”, afirmou.

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