TV passa tablet como meio de acesso a internet por brasileiros

Crescimento de streaming, como Netflix, pode ser hipótese para o crescimento do acesso via TV

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Fachada da sede do Netflix em Los Gatos, na Califórnia
Fachada da sede do Netflix em Los Gatos, na Califórnia - Robert Galbraith - 4.dez.12/Reuters
 
Rio de Janeiro

Com queda nas vendas há anos, os tablets foram ultrapassados pelas TVs como meio de acesso à internet nos domicílios brasileiros, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O acesso à rede por microcomputadores também está em queda.

As conclusões são da pesquisa Características gerais dos domicílios e dos moradores 2017, feita com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), divulgada nesta quinta (26). 

A pesquisa identificou que o número de residências com acesso à internet cresceu 11,7% no ano. Mas, ainda assim, quase de 30% dos 69,7 milhões de domicílios brasileiros ainda não têm acesso à internet.

Em 2017, 10,6% dos domicílios pesquisados pelo IBGE informaram ter acessado à internet pela TV, contra 10,5% verificados no caso de tablets. No ano anterior, estes foram citados em 12,1% dos domicílios, enquanto os televisores em apenas 7,7%. 

A coordenadora da Pnad-C, Maria Lúcia Vieira, disse que o crescimento dos serviços de streaming, como o Netflix, pode ser uma hipótese para o crescimento do acesso via televisão. Ao todo, 7,4 milhões de domicílios registraram acesso à internet pela TV em 2017, contra 5,3 milhões em 2016.

 

Mas o mercado já vem registrando queda nas vendas de tablets há três anos. Segundo a consultoria IDC, foram 136 milhões de unidades em 2017, queda de 9,3% com relação ao ano anterior e de 39% com relação ao pico de 223 milhões de unidades atingidos em 2014.

Um dos motivos apontados para o desempenho é a substituição por dispositivos menores, chamados de "phablets", ou aparelhos telefônicos com telas maiores do que 5,5 polegadas.

Assim como no caso dos tablets, o acesso a internet por microcomputador também caiu, sendo citado por 38,8% dos domicílios pesquisados, contra de 40,1% no ano anterior.

Em 2017, segundo o IBGE, 30,7 milhões de domicílios no país tinham ao menos um microcomputador, 4% a menos do que em 2016. 

No ano passado, 67,5 milhões de domicílios brasileiros tinham televisão, número praticamente estável em relação aos 67,4 milhões verificados no ano anterior.

CELULAR 

Segundo a pesquisa do IBGE, 64,6 milhões de domicílios brasileiros, ou 92,6% do total, tinha pelo menos um aparelho de telefone celular em 2017.

O dispositivo ganhou importância entre os meios de acesso à internet, tendo sido citado em 48,1 milhões de domicílios, 15,3% a mais do que em 2016.

Já o número de residências com telefone fixo caiu 6,1%, para 22,4 milhões.

O número de domicílios com geladeira e máquina de lavar não teve grande variação entre 2016 e 2017: altas de 0,8%, para 68,4 milhões, e de 2%, para 44,5 milhões.

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