Volume de serviços no Brasil fica estável em fevereiro

Restaurantes e telefonia contribuíram para queda de 2,2% na comparação com 2017

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Ambiente de restaurante em São Paulo
Ambiente de restaurante em São Paulo - Keiny Andrade/Folhapress
 
São Paulo

O setor de serviços manteve estabilidade na passagem de janeiro para fevereiro, com variação de 0,1%, mas caiu 2,2% na comparação com fevereiro de 2017, informou o IBGE nesta sexta-feira (13).

No primeiro bimestre do ano, acumula queda de 1,8%, e, em 12 meses, a baixa é de 2,4%, de acordo com a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços).

O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da agência Reuters de alta de 0,5% no mês e de queda de 0,3% em relação a 2017.

Em janeiro deste ano, o setor de serviços havia recuado 1,9% na comparação mensal, quando praticamente devolveu o ganho acumulado (2%) dos dois últimos meses de 2017.

"O setor de serviços não mostra sinais claros de uma recuperação sustentada. Os serviços estão com comportamento como a economia em geral: com perdas e ganhos mensais, e num processo lento e gradual", afirmou o coordenador da pesquisa no IBGE, Rodrigo Lobo.

O ligeiro acréscimo no volume de serviços em fevereiro foi concentrado.

A categoria de serviços profissionais, administrativos e complementares foi a única a registrar alta mensal, de 1,7%.

As demais atividades recuaram: serviços prestados às famílias (-0,8%); de informação e comunicação (-0,6%); transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%) e outros serviços (-0,7%).

Os serviços prestados às famílias tiveram sua quinta taxa negativa consecutiva na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal, acumulando perdas de 4,8% no período.

O grupo recuou 5,2% na comparação com fevereiro de 2017.

Restaurantes, lanchonetes e bares compõem 45% do segmento, de acordo com Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa. 

“Os serviços de hotelaria, que representam 25% do grupo, apresentaram uma performance positiva nos últimos meses, mas não tiveram peso suficiente para compensar as quedas contínuas no setor de alimentação”, afirma.

Outro grupo que teve impacto negativo no volume do setor foi o de serviços de informação e comunicação, puxado pelas telecomunicações, que também vêm apresentando quedas consecutivas.

“As grandes empresas de telefonia têm passado por problemas”, diz Lobo. “Algumas estão em recuperação judicial e outras se fundiram com empresas de TV por assinatura e internet, tentando se manter no mercado. Isso tem refletido no grupo como um todo."

REGIONAL

São Paulo, que representa cerca de 43% de todo o volume de serviços gerado no Brasil, não variou entre fevereiro e janeiro, contribuindo para que o índice nacional ficasse próximo à estabilidade. 

15 dos 27 estados brasileiros mostraram taxas positivas no mês. ​

Os destaques positivos no mês foram: Paraná (2%); Rio de Janeiro (0,5%), Santa Catarina (0,5%); Pará (1,4%) e Mato Grosso do Sul (1,5%).

Já os principais pesos para baixo vieram da Bahia (-9%), Ceará (-16,8%), Rio Grande do Sul (-2,2%) e Minas Gerais (-0,8%).

TURISMO

O índice de atividades turísticas recuou em ambas as comparações: 3,4% em relação a janeiro e 5,2% na comparação com fevereiro de 2017, após ter ficado estável em janeiro deste ano.

Acompanharam esse movimento 11 dos 12 estados em que o indicador é calculado, com destaque para São Paulo (-2,3%), Bahia (-9,9%), Minas Gerais (-8,5%) e Rio de Janeiro (-3,3%).

Por outro lado, o Distrito Federal (0,9%) registrou a única taxa positiva no mês.

Com a Reuters

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