No Rio Grande do Sul, o número de pontos de manifestação de caminhoneiros em rodovias estaduais cresceu durante a terça-feira (29). Pela manhã, o Comando Rodoviário da Brigada Militar identificava 112 pontos. No final da tarde, a estimativa era de 137, com outras 15 previsões de protestos.
No final da tarde, em coletiva convocada pelo gabinete de crise do governo do Estado, o Comando Militar do Sul (CMS) anunciou que, a partir desta terça, o Exército começará a executar corredores de segurança nas estradas do Rio Grande do Sul para apoiar caminhoneiros que pretendem voltar ao trabalho.
O escoamento da produção é prioridade das operações, segundo o general Geraldo Antônio Miotto, responsável pelo CMS.
"Chegou o momento do limite do caos e quem tá sofrendo com isso é o pequeno produtor que não consegue escoar a produção. No entorno das pequenas cidades do Interior também não tem condições de estocagem", disse ele.
Nesta quarta-feira (30), os petroleiros da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), que faz abastecimentos nos três estados da região sul, entram em greve.
O local, que tem servido como ponto de concentração de protestos em apoio à continuidade da greve e pró-intervenção militar, deve receber ainda um acampamento da CUT a partir desta quarta, em apoio aos trabalhadores da refinaria.
O Ministério Público Federal no estado entrou com ação para garantir que o abastecimento de combustíveis seja normalizado. A ação pede ainda a "cessação dos atos de protesto".
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