A gigante alemã Bayer anunciou nesta terça-feira (29) que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos aprovou, com condições, a compra da americana Monsanto.
A fusão da Monsanto com a divisão agroquímica da Bayer será efetiva quando a multinacional alemã tiver cedido suas atividades no setor das sementes, dos pesticidas e da chamada agricultura digital para a BASF, outra empresa alemã, afirmou em comunicado.
Trata-se da "maior (cessão de ativos) exigida pelos Estados Unidos" para manter a concorrência na venda de produtos agrícolas, disse o vice-procurador-geral Makan Delrahim, citado em um comunicado do Departamento de Justiça.
Essa transferência de atividades deve ser concluída "em cerca de dois meses", segundo o grupo de Leverkusen. Então, a Bayer se tornará a única proprietária da Monsanto após o desembolso de US$ 66 bilhões.
É a aquisição mais importante até agora por um grupo alemão no exterior.
As autoridades americanas inicialmente levantaram sérias dúvidas sobre essa transação devido à posição dominante de ambas as empresas.
"Com a autorização do Departamento de Justiça, estamos agora perto do objetivo de criar uma empresa líder no setor agrícola", disse Werner Baumann, CEO da Bayer.
A Comissão Europeia autorizou em abril, sob condições, a compra pelo grupo alemão BASF de parte das atividades da Bayer Crop Science por € 6 bilhões.
A Bayer havia se comprometido a vender grande parte de suas atividades no setor de sementes, entre outras, para obter a autorização europeia para comprar a Monsanto.
A venda anunciada em 30 de abril inclui todas as atividades da Bayer no setor de sementes, bem como parte de seus negócios em herbicidas não seletivos, como o glufosinato e na agricultura digital.
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