Descrição de chapéu dia do trabalho

Centrais sindicais mantêm ato de 1º de Maio no centro de SP, mesmo após incêndio

A comemoração, convocada por CUT, CTB e Intersindical, será realizada na Praça da República

Clayton Castelani Larissa Quintino
São Paulo

A manifestação de 1º de Maio organizada por centrais sindicais no centro de São Paulo foi mantida, mesmo após um incêndio que causou o desabamento de um prédio de mais de 20 andares na madrugada desta terça-feira (1). 

O ato, que foi convocado pelas centrais CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB  (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Intersindical, além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ocorre, na Praça da República, no centro da capital paulista. 

No palanque do evento, a pré-candidata PCdoB, Manuela d'Ávila, afirmou que a culpa do incêndio do prédio, que era ocupado por movimentos sem-teto, é do Estado. 

"A culpa, quando existe um trabalhador que não tem teto e ocupa um ambiente completamente desfavorável, é do Estado", disse ela.

O presidente da CUT em São Paulo, Douglas Izzo, também criticou o prefeito da cidade, Bruno Covas (PSDB), e atribuiu a culpa do incêndio ao governo. 

A comemoração do dia do trabalho terá shows de artistas como Liniker, a sambista Leci Brandão, o grupo Mistura Popular, além de intérpretes da escola de samba Paraíso do Tuiuti,, cujo desfile no carnaval deste ano foi bastante crítico à reforma trabalhista e ao governo de Michel Temer. 

A Força Sindical também realizou um evento na praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo, com shows de artistas sertanejos, como Leonardo, Simone e Simaria e Maiara e Maraisa, e sorteio de prêmios.

Os sindicalistas e políticos que se revezaram no palanque tiveram um discurso unitário: pedido por mais emprego e revogação da reforma trabalhista.

De olho nas eleições de outubro, o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva (SD-SP) classificou o Dia do Trabalho como "Dia do desemprego". Atualmente há 13,7 milhões de desempregados no país, segundo o IBGE. 

"Precisamos cobrar de todos os candidatos uma política de desenvolvimento econômico. Tiraram uma série de direitos dos trabalhadores dizendo que haveria mais emprego e isso não aconteceu", afirmou o deputado federal do Solidariedade, se referindo à reforma trabalhista.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, pediu a unidade do movimento sindical contra as reformas.

Também estiveram presentes três pré-candidatos à Presidência da República, Aldo Rabelo (SD), Manuela Dávila (PCdoB) e Paulo Rabello de Castro (PSC). 

Apesar da decisão das centrais de manter os atos de 1º de Maio em São Paulo, a previsão é que as comemorações se concentrem em Curitiba, onde está preso o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. 

Sete centrais sindicais do país incluirão às reivindicações do Dia do Trabalho a libertação de Lula, em um ato unificado que será realizado na capital paranaense nesta terça-feira (1), a partir das 14h.

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