Combustível começa a chegar aos postos, mas motoristas ainda enfrentam filas em SP

Espera para abastecer dura cerca de meia hora em alguns postos

São Paulo

O combustível começou a chegar lentamente aos postos, mas os motoristas ainda enfrentavam filas para conseguir abastecer os carros na madrugada desta quarta (30), na Grande São Paulo, devido a paralisação dos caminhoneiros.

O professor Nelson Nunes Pedroso, 57, era o primeiro de uma pequena fila de carros estacionados em um posto na rodovia Raposo Tavares, no km 22, na região de Granja Viana, em Cotia (Grande São Paulo).

O professor, que mora em Osasco, disse que chegou ao local às 20h desta terça (29), mas a gasolina acabou uma hora depois quando chegou a sua vez na fila para abastecer. O combustível chegou à noite e durou apenas quatro horas.

"Estou sem gasolina, quero ir embora, mas não tenho como. Se não chegar, vou deixar o carro aqui e pegar um ônibus para trabalhar", falou Pedroso.

Motoristas esperam na fila de posto para comprar combustível na zona oeste de São Paulo
Motoristas esperam na fila de posto para comprar combustível na zona oeste de São Paulo - Folhapress

Na zona oeste de São Paulo, o mecânico Flávio Gonçalves, 27, comprava dois galões com 20 litros de álcool cada em um posto na avenida Politécnica, na região do Rio Pequeno, por volta das 4h. "Moro em Cotia, mas deixo o carro na casa do meu pai que fica aqui perto", disse.

Na mesma avenida, outro posto voltava a funcionar nesta madrugada após ser abastecido por dois caminhões-tanques com combustível. Com a gasolina custando R$ 4,39 o litro e o álcool a R$ 2,79, o local não atraia os motoristas que preferiam pegar filas em postos próximos com menores preços.

Em um posto na avenida Corifeu de Azevedo Marques, na região do Butantã, motoristas formavam duas filas para colocar combustível nos veículos. O tempo de espera era de aproximadamente meia hora.

Morador da região, Josinelson Alves, 41, tentava encher o tanque de uma das cinco Kombi que utiliza para trabalhar no seu buffet. "Quando fiquei sabendo da greve coloquei combustível em todas as peruas, se não tivesse feito isso teria perdido cliente", falou.

Por volta das 3h, não havia combustível em nenhum posto da avenida Sumaré. Mas na esquina das ruas Heitor Penteado e Leite, a reportagem conseguiu abastecer, e a fila durou menos de cinco minutos.

Na zona norte de São Paulo, motoristas esperavam em uma fila de aproximadamente 15 carros para encher o tanque em um posto na Marginal Tietê, no bairro do Canindé, um dos poucos que estavam funcionando na região, por volta das 4h30.

Uma carreta bitrem tinha descarregado 20 mil litros de gasolina e 15 mil de álcool uma hora antes. Segundo um dos frentistas, dependendo do movimento o combustível duraria até às 8h.

"Estávamos sem combustível desde sexta, descarregou agora de madrugada e ontem à tarde. O outro posto da rede está desde a terça-feira da semana passada não chega", disse o frentista.

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