A CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) estimou perdas de R$ 27 bilhões no setor de comércio e serviços como consequência da paralisação de caminhoneiros.
A entidade aponta que, com a perda do setor, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) poderá ser negativo no segundo trimestre e será menor do que o inicialmente esperado para 2018, ficando próximo a 2%.
Outras entidades ainda não fizeram seus cálculos, mas consideram que as perdas podem ser expressivas, especialmente se a greve continuar.
Altamiro Carvalho, assessor econômico da FecomércioSP, diz que os setores mais sensíveis à paralisação são os que trabalham com bens perecíveis, combustível e serviços (como restaurantes e turismo).
Esses segmentos sofrem mais com as perdas pois as vendas que deixaram de acontecer nos últimos oito dias não serão compensadas no futuro. Quem deixou de colocar gasolina por uma semana não abastecerá mais por causa disso no futuro, explica.
Por outro lado, supermercados podem ter tido mais vendas nos últimos dias, devido a compras maiores feitas por consumidores com medo de desabastecimento, pondera Carvalho.
Ele diz que o efeito mais danoso da paralisação é a perda de confiança que ela gera em investidores que apostam no Brasil.
Marcel Solimeo, superintendente institucional Associação Comercial de São Paulo, diz que vendas de produtos que não sejam essenciais estão praticamente paradas.
Isso acontece porque os consumidores estão reservando combustível e, por isso, adiam o quanto podem suas idas a shoppings e lojas em geral.
Alencar Burti, presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) disse em nota defender o direito de greve, mas não apoiar ações que se choquem com o direito de ir e vir.
Para ele, o governo está procurando atender a todas as reivindicações e, por isso, os caminhoneiros precisam encerrar a paralisação. “Prorrogar acarretará em custos ainda maiores a médio prazo”.
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