Em 4º dia de greve, cidades ficam sem combustível e sem alimentos

Bloqueios em estradas travam fluxo de indústria, produção e comida pelo país

São Paulo

Com a greve de caminhoneiros bloqueando estradas, há relatos de falta de combustível em postos em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e no Distrito Federal.

Em alguns pontos, clientes verificaram preços altos, como gasolina a R$ 5 em Brasília. O Procon-SP alertou os consumidores de que a prática pode ser considerada abusiva e deve ser denunciada.

A Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros) informou que, na manhã desta quinta-feira (24), realizou protestos em 22 estados e no Distrito Federal, com 330 pontos de interdição e manifestações.

Também há problemas no abastecimento de portos, centros de distribuição de alimentos, aeroportos, indústria de automóveis e unidades de processamento de carne bovina, suína e avícola.

Postos de gasolina

  • Postos de Tapurah, Primavera do Leste, Nova Xavantina, Diamantino e Juína, no Mato Grosso, estão sem combustível.
  • Em Brasília, também há avisos de falta de combustível em diversos estabelecimentos.
  • Estabelecimentos de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava e Foz do Iguaçu, no Paraná, também estão desabastecidos.
  • Em São Paulo, nenhum posto é abastecido desde terça-feira. O estoque só dura até o fim do dia, segundo o sindicato que representa os postos.
  • No Rio de Janeiro, o sindicato também informa que há postos com bombas secas desde terça.

Ônibus urbanos

  • Pela manhã, a operação dos ônibus de São Paulo foi reduzida em 3%. A SPUrbanuss, que representa 60% da frota da cidade, disse que suas concessionárias têm combustível para manter suas linhas rodando até o fim do dia. Cerca de 500 coletivos pararam, diz a SPTrans.
  • A Prefeitura de Curitiba disse que uma escolta de caminhões-tanque garantiu a circulação de ônibus nesta quinta.
  • Em Porto Alegre, as viagens estão saindo de hora em hora. Cidades do interior paulista, como Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Franca e Guarujá estão com o mesmo problema, assim como Belo Horizonte, em Minas Gerais.
  • No estado do Rio de Janeiro, 30% dos ônibus estão parados. A informação é da Fetranspor, a federação de empresas de ônibus do Rio.

Alimentos

  • Faltam alimentos em supermercados e centros de abastecimento por todo o país. Há 315 caminhões com alimentos perecíveis parados em estradas de Minas Gerais, Goiás, DF, Tocantins, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
  • O Ceagesp de São Paulo, o Ceasa do Rio de Janeiro, o Ceasa de Curitiba e a Feira de São Joaquim em Salvador relatam desabastecimentos de frutas e legumes.

Portos

  •   A movimentação do porto de Paranaguá (PR) caiu em 27% nesta quarta, passando de 150 mil toneladas diárias para 110 mil. 

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